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Após risco de calote aumentar, taxa de juros deve subir e encarecer dívidas de brasileiros

Comprar geladeira a prazo ou usar o cheque especial é pior quando os juros estão altos

Economia|Alvaro Magalhães e Vanessa Beltrão, do R7

Nota de agência pode se refletir no bolso do consumidor
Nota de agência pode se refletir no bolso do consumidor Nota de agência pode se refletir no bolso do consumidor

O rebaixamento da nota do Brasil, anunciado nesta segunda-feira (24) pela agência Standard & Poor's, pode acabar refletindo no bolso do consumidor.

Para Samy Dana, economista e professor da escola de economia da FGV-SP, o fato de a avaliação do Brasil ter caído de BBB para BBB- pode provocar um maior aumento da taxa de juros.

— A nota mais baixa significa que o risco aumentou. Então, todo mundo tem mais dúvidas sobre se deve ou não investir no Brasil. Com isso, o governo precisa pagar mais.

O aumento da taxa de juros é ruim para quem compra produtos a prazo. Uma geladeira parcelada, por exemplo, pode ficar mais cara. Quem usa o cheque especial também é prejudicado, pois a dívida aumenta.

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Dana acredita que a taxa de juros deva subir para 11,5% até o fim do ano. Atualmente, os juros básicos estão em 10,75%.

Ainda na elite

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Para o economista, apesar de a S&P (como a Standard & Poor's é chamada) ter diminuído a nota do Brasil, a situação não é propriamente dramática. Isso porque o País ainda pertence ao grupo daqueles com “grau de investimento”, o primeiro escalão da lista. 

Mas há perigo: agora, está a um passo de perder esse status. Caso sofra um novo rebaixamento, e passe a ter nota BB, o País deixa a elite do ranking S&P.

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"Aí seria uma tragédia", diz Dana.

— Muitos fundos de investimento, por exemplo, teriam, por regras internas, de tirar o dinheiro do Brasil.

Nesse cenário, que ainda não ocorreu, o dólar poderia chegar a R$ 2,80 ou até R$ 2,90, segundo o economista.

Copa do Mundo ajuda

Já o economista Francisco Funcia, professor de economia da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, os efeitos não devem ser sentidos neste ano.

"As decisões têm um certo prazo para ocorrer", afirma, referindo-se à decisão dos investidores de tirar ou não dinheiro do Brasil.

Segundo Funcia, a Copa do Mundo vai ajudar a atrair investimentos.

— É um evento, vai trazer turistas, o consumo vai ter um crescimento. Isso, por si só, é bastante positivo.

Ele lembra que o rebaixamento já era esperado — a S&P já havia sinalizado que poderia rebaixar o País. Por isso, os efeitos são menores.

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