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Autoridades de bancos centrais buscam novo papel em admirável mundo novo

MACRO-BCS-POLITICA:Autoridades de bancos centrais buscam novo papel em admirável mundo novo

Economia|

Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa

FRANKFURT (Reuters) - As principais autoridades de bancos centrais do mundo, fazendo uma pausa na luta contra a crise do coronavírus, tentarão resolver questões existenciais de sua profissão nesta semana, à medida que acompanham o simpósio anual de política monetária do Banco Central Europeu.

Tendo lutado para levantar a inflação anêmica por anos, autoridades que incluem os chefes do BCE, Federal Reserve e Banco da Inglaterra tentarão descobrir por que a política monetária não está funcionando como antes e que novo papel eles devem desempenhar em um mundo mudado -- seja lutando contra a desigualdade ou mudanças climáticas.

Por enquanto, o único consenso é de que a ordem econômica está mudando.

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Globalização, mudança climática, digitalização, envelhecimento da população, aumento da desigualdade e a pandemia de coronavírus estão mudando os hábitos dos consumidores, mantendo os preços sob controle e reduzindo, às vezes abaixo de zero, a taxa de juros necessária para manter a inflação estável.

"Quaisquer que sejam os fatores estruturais que se escondem por trás do declínio observado nas taxas de juros naturais, a tendência de queda representa desafios importantes para as estruturas de política monetária existentes", escreveu Klaus Adam, professor da Universidade de Mannheim, em um artigo que será apresentado no simpósio.

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O fracasso dos bancos centrais em atingir suas metas está começando a desafiar um princípio fundamental da teoria monetária: que a inflação é sempre um fator de sua política e que os preços aumentam com a queda do desemprego.

De fato, o BCE e o Banco do Japão mantiveram as taxas em território negativo por anos, virando a prática padrão de ponta-cabeça ao recompensar efetivamente os bancos por tomarem empréstimos deles.

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De forma mais preocupante para alguns, as duas instituições mais do que dobraram seus balanços desde 2015 para quase 15 trilhões de dólares, aproximando-se cada vez mais do financiamento direto dos governos -- uma linha vermelha tradicional.

No entanto, a inflação mal se mexeu mesmo antes da pandemia e agora está negativa na zona do euro.

Embora o Fed tenha atingido seu próprio alvo, ele nunca conseguiu normalizar a política monetária, e, com a pandemia mergulhando o mundo em uma nova recessão, ele também está testando seus limites ao aumentar a dívida do governo.

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