A balança comercial brasileira teve saldo positivo de R$ 23,7 bilhões (US$ 7,195 bilhões) em junho, afirmou o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) nesta segunda-feira (3).
O resultado de junho deste ano é o melhor para o mês da série histórica, iniciada em 1989, e o segundo melhor para todos os meses, ficando atrás apenas do registrado em maio, quando o resultado foi positivo em R$ 25,2 bilhões (US$ 7,661 bilhões).
No mês passado, as exportações somaram R$ 65,3 bilhões (US$ 19,788 bilhões), enquanto as importações totalizaram R$ 41,5 bilhões (US$ 12,593 bilhões).
Somente na quinta semana de abril (de 26 a 30), a balança registrou superávit de R$ 6,1 bilhões (US$ 1,863 bilhão).
Em junho, as exportações cresceram 23,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, e 4,7% na comparação com maio, ambos pelo critério da média diária. Já as importações aumentaram 3,3% na comparação anual e 8,8% sobre maio.
Destaques
Do lado das exportações, houve aumento expressivo nos embarques de básicos (+ 28,5%), semimanufaturados (+ 28,2%) e manufaturados (+ 16,1%) em junho sobre um ano antes.
Os destaques ficaram por conta das vendas de petróleo em bruto, que saltaram 114,1% na mesma base de comparação, a US$ 2 bilhões, e de minério de ferro, que cresceram 32,2%, a US$ 1,4 bilhão. Com importante peso na balança, as exportações de soja em grão também subiram 18,2% sobre junho do ano passado, a US$ 3,4 bilhões.
Mesmo após os Estados Unidos terem suspendido em meados do mês passado a importação de carne bovina in natura do Brasil após alta porcentagem de embarques não terem passado pelos testes de segurança, as vendas de carne bovina brasileira, de maneira geral, subiram 16,6% em junho sobre igual mês do ano passado, a US$ 422 milhões.
As importações no mês tiveram comportamento menos uniforme. De um lado, as compras de bens de capital caíram 50,5% e, de outro, subiram as compras de combustíveis e lubrificantes (+ 62,4%), bens intermediários (+ 13,6%) e bens de consumo (+ 7,6%).
Semestre
No acumulado do primeiro semestre, a balança teve superávit de R$ 119,5 bilhões (US$ 36,219 bilhões), o melhor resultado para o período da série histórica, crescimento de 53,1% sobre mesmo intervalo de 2016, quando o superávit alcançou R$ 78 bilhões (US$ 23,651 bilhões).
Nos seis primeiros meses do ano, as exportações somaram R$ 355.5 bilhões (US$ 107 714 bilhões), alta de 19,3% em relação ao mesmo período de 2016. Já as importações alcançaram R$ 235.9 bilhões (US$ 71,495 bilhões), crescimento de 7,3%.