A bolsa de valores brasileira abriu o dia em alta nesta segunda-feira (23), mas logo começou a registrar queda.
Às 10h35, a queda era de 3,69% a 64594,31 pontos.
Ibovespa segue a aversão a risco global e apesar de novas medidas sócio-econômicas de resposta ao covid-19 no Brasil e no mundo.
Às 12h46, o Ibovespa caía 7,27%, a 62.196,16 pontos, renovando mínima de mais cedo depois de chegar a avançar 0,8% no início da sessão. O volume financeiro no pregão somava R$ 9,56 bilhões.
Na sexta-feira (20), o Ibovespa caiu 1,85%, a 67.069,36 pontos, acumulando uma perda de quase 19% na semana, pior resultado semanal desde 10 outubro de 2008.
"Fica cada vez mais claro que o mercado precisa de uma 'luz no final do túnel' em relação ao arrefecimento do coronavírus e seus impactos econômicos", afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos.
Entre as medidas mais recentes anunciadas no Brasil, o Banco Central reduziu a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo para 17%, prevendo uma liberação de 68 bilhões de reais na economia a partir do dia 30 de março.
O CMN (Conselho Monetário Nacional), por sua vez, aprovou medida que autoriza instituições financeiras a captarem por meio de depósitos a prazo com garantia especial do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
O governo do presidente Jair Bolsonaro editou no domingo (22) medida provisória que permite aos empregadores suspenderem os contratos de trabalho de seus funcionários por quatro meses sem pagamento de salário.
E o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou um pacote de medidas totalizando R$ 55 bilhões, com foco na preservação de empregos.
Ao mesmo tempo, mais empresas anunciaram suspensão de determinadas atividades, entre elas Klabin, Magazine Luiza, brMalls e Arezzo.