A bolsa de valores operava em queda logo após a abertura do pregão desta quinta-feira (20). Às 10h11, o Ibovespa, principal indicador acionário do mercado nacional, caía 0,85%, a 99.999,55 pontos, refletindo preocupações de agentes financeiros sobre o ambiente fiscal no Brasil e a recuperação da economia norte-americana.
Leia mais: Lucro do Banco Central pode reduzir em quase 10% dívida pública
Na véspera, o Senado derrubou o veto presidencial ao projeto sobre reajuste salarial a categorias do serviço público durante a pandemia da covid-19, em votação que o ministro da Economia definiu como "péssimo sinal".
A negativa presidencial ainda terá de passar por votação na Câmara dos Deputados prevista para esta quinta-feira.
No caso de a Câmara acompanhar a decisão dos senadores, "isso pode comprometer a economia de R$ 130 bilhões, que eram esperados pela equipe econômica", destacou a equipe da CM Capital Markets.
No exterior, os futuros acionários norte-americanos recuavam com os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA voltando a superar 1 milhão, um dia após o Federal Reserve sinalizar que a maior economia do mundo terá um árdua recuperação.
A visão mais pessimista do Fed também pressionava os pregões na Europa e os preços do petróleo, que ainda tinha no radar visão mais cautelosa sobre a recuperação da demanda pela Opep+.
Da temporada de balanço brasileira, a empresa de educação Cogna divulga resultado após o fechamento do mercado.
O dólar disparava contra o real nos primeiros negócios desta quinta-feira (20), chegando a superar a marca de R$ 5,63 em meio a pessimismo dos investidores sobre a saúde fiscal do Brasil, enquanto o fato de o Federal Reserve ter citado a desvalorização da moeda local na ata de sua reunião continuava reverberando nos mercados.
Às 9h12, o dólar avançava 1,49%, a R$ 5,6132 na venda. Na máxima do dia, nos primeiros minutos de negociações, a divisa foi a R$ 5,6340.