Setor de serviços foi que mais contratou em março
Wagner Pires/Futura Press/Folhapress - 24.03.2018O Brasil registrou 56.151 novos postos de trabalho no Brasil, com carteira assinada, no mês de março. Os dados foram divulgadas nesta sexta-feira (20) pelo Mnistério do Trabalho.
De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no mês passado foram contratados 1.340.153 trabalhadores formalmente e demitidos outros 1.284.002, resultando no saldo positivo de 56.151 postos de trabalho. Essa quantidade é 0,15% maior do que o resultado de fevereiro.
O resultado do mês passado foi o melhor para um mês de março desde 2013, quando foram abertas 112.450 vagas. OCmo comparação, em março de 2017 houve fechamento de 63.624 vagas.
Por outro lado, o mercado de trabalho pode estar perdendo força em meio ao crescimento mais baixo neste início de ano. Em janeiro e fevereiro, por exemplo, foram abertos 77.822 e 61.188 novos postos formais de trabalho.
Apesar dos números positivos do Caged no ano, o mercado de trabalho brasileiro vem mostrando sinais ainda acanhados de recuperação, com taxa de desemprego elevada e mais de 13 milhões de pessoas sem trabalho.
No trimestre encerrado em fevereiro passado, dado mais recente, a Pnad Contínua mostrou que o desemprego subiu a 12,6%, num sinal da irregular retomada da economia. Apesar disso, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, avalia os números como positivos.
— Nosso Brasil segue a rota da retomada do crescimento, com mercado aquecido e a certeza de que estamos no rumo certo. O trabalho continua e hoje é mais um grande dia, pois esses resultados cofirmam nossa expectativa.
Setor por setor
Em março, o setor de Serviços foi o que mais contratou: 57.384 novas vagas formais, aumento de 0,34% sobre o mês anterior.
Na sequência vieram os setor da Indústria de Transformação (+10.450 novos postos), Construção Civil (+7.728 postos), Administração Pública (+3.660 postos), Extração Mineral (+360 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+274 postos).
Por outro lado, a Agropecuária e o Comércio, dois dos setores com mais empregos formais no País, registraram queda no número de trabalhadores com carteira assinada. Na Agropecuária foram 17.827 vagas a menos, e no Comércio, -5.878 postos.
Reforma trabalhista
O Caged também revelou aumento nas contratações pelas possibilidades abertas pela reforma trabalhista. Na modalidade de trabalho intermitente, diz o Ministério do Trabalho, foram contratadas 4.002 pessoas formalmente, ante 803 demissões.
As contratações ocorreram principalmente em São Paulo (767 postos), Minas Gerais (446), Rio de Janeiro (361), Espírito Santo (316), Goiás (235) e Ceará (171).
O setor que mais contratou foi o de Serviços (1.506 novos postos de trabalho), seguido da Indústria de Transformação (617), Construção Civil (538), Comércio (310), Agropecuária (221) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (7).
* com informações da Reuters