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Chefe do FMI diz que estímulos contra pandemia devem se concentrar em combater crise do clima

CLIMA-FMI-GEORGIEVA:Chefe do FMI diz que estímulos contra pandemia devem se concentrar em combater crise do clima

Economia|

Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - As numerosas medidas de estímulo fiscal adotadas por governos de todo o mundo para combater a pandemia do novo coronavírus devem ser adaptadas para combater as mudanças climáticas ao mesmo tempo, disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, nesta quarta-feira.

Falando em uma cúpula virtual conhecida como Diálogo Climático de Petersberg, Georgieva se juntou à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, pedindo esforços concentrados para promover uma "recuperação verde" da crise da pandemia.

"Tomar medidas agora para combater a crise climática não é apenas um 'prazer'. É um 'dever' se quisermos deixar um mundo melhor para nossos filhos", disse a líder do FMI na cúpula.

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"O que fazemos agora não apenas reformulará nossas economias e sociedades; também reformulará o futuro da humanidade neste planeta", disse. "Uma 'recuperação verde' é a nossa ponte para um futuro mais resiliente."

Para garantir que o estímulo fiscal aborde os riscos das mudanças climáticas, ela disse que os governos devem tornar os resgates financeiros das empresas intensivas em carbono dependentes de compromissos quanto à redução de emissões de carbono. Isso foi feito durante a crise financeira global, quando algumas montadoras se comprometeram com padrões mais altos de eficiência de combustível.

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Georgieva pediu aos governos que concentrem os gastos fiscais na promoção de tecnologias verdes, transporte limpo, agricultura sustentável e resiliência climática.

"Com os preços do petróleo em níveis recorde, agora é a hora de eliminar subsídios prejudiciais", disse Georgieva, citando a estimativa do FMI de que uma transição de baixo carbono exigirá 2,3 trilhões de dólares em investimentos todos os anos durante uma década.

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Ela também pediu aos governos que promovam finanças verdes, concentrando-se em títulos verdes e outras formas de financiamento sustentável, e obrigando as empresas financeiras a divulgar melhor os riscos climáticos em suas carteiras de empréstimos e investimentos.

O aumento do custo do carbono ajudará a gerar receitas para aumentar as receitas públicas no futuro, disse ela.

"É necessário um custo de carbono substancialmente mais alto para incentivar investimentos inteligentes em termos de clima e acelerar a mudança para combustíveis mais limpos e com maior eficiência energética", disse Georgieva.

O FMI estima que o preço global do carbono subirá para 75 dólares por tonelada, contra 2 dólares por tonelada atualmente para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius.

(Reportagem de Andrea Shalal)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5644 7729))

REUTERS CA PF

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