Para a CNI, esses resultados são motivo de preocupação para o setor produtivo, argumentando que "os engenheiros são os profissionais que levam a inovação e competitividade para as empresas".
Diante desse cenário, a CNI defende mudanças nos cursos de engenharia. Uma das sugestões é a inclusão de disciplinas no currículo de experiências práticas para que haja uma aderência do ensino às demandas da indústria, semelhante ao que ocorre com a residência em medicina. A confederação cita que na Alemanha "a formação de engenheiros é baseada em know-how prático, voltada para aplicação industrial".
"A indústria que investe em inovação requer profissionais prontos, com visão de mercado, habilidades de gestão, de trabalho em equipe, aplicação de leis e normas técnicas e domínio de idiomas estrangeiros, principalmente o inglês. Mas os engenheiros saem das universidades brasileiras com excesso de teoria e falta de prática. Como não estão prontos para a indústria, buscam outros setores", avalia o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi.