O Icom (Índice de Confiança do Comércio) recuou 6,8 pontos em setembro, para 94,1 pontos. A queda leva o indicador ao menor patamar desde os 93,7 pontos apurados em maio deste ano.
Na análise trimestral, o indicador voltou a cair 0,6 ponto na comparação com o período entre abril e junho e interrompeu a sequência de quatro altas consecutivas.
Para Rodolpho Tobler, coordenador responsável pela sondagem, o resultado negativo é fruto da combinação de piora tanto da percepção sobre o volume de vendas no presente quanto das expectativas, o que gera dúvidas sobre o ritmo de retomada nos próximos meses.
"A maior cautela dos consumidores tem sido um obstáculo importante, assim como a inflação recente e o cenário ainda delicado do mercado de trabalho. A pandemia se mostra mais controlada, mas ainda é um elemento que adiciona incerteza na recuperação do setor nos próximos meses", avalia Tobler.
Em setembro, a queda da confiança foi disseminada nos seis principais segmentos do setor. O resultado do mês decorreu da combinação da piora tanto da percepção com o momento presente quanto das expectativas. O ISA-COM (Índice de Situação Atual) recuou 5,9 pontos, para 99,1 pontos, enquanto o IE-COM (Índice de Expectativas) caiu 7,3 pontos, para 89,4 pontos.