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Confiança do consumidor sobe em dezembro, mas tem queda em 2021

Desemprego, inflação elevada e aumento do endividamento influenciaram no otimismo das famílias neste ano, aponta FGV

Economia|Do R7

Confiança do consumidor chega aos 75,5 pontos
Confiança do consumidor chega aos 75,5 pontos Confiança do consumidor chega aos 75,5 pontos

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) subiu 0,6 ponto em dezembro, mas o avanço foi insuficiente para reverter a redução do otimismo registrada ao longo do ano. Com a variação positiva, o indicador termina 2021 em 75,5 pontos, valor 2,6 pontos inferior ao apurado há um ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (22) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), explica que o resultado negativo no acumulado de 2021 é reflexo do ano difícil para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo.

“O descolamento entre a confiança dos consumidores de baixa renda e os de alta renda atingiu o maior nível da série dos últimos 17 anos, principalmente em razão da dificuldade financeira dos consumidores de menor nível de renda diante do quadro de desemprego, inflação elevada e aumento do endividamento", afirma ela. 

De acordo com Viviane, 2022 se desenha como "um ano desafiador tanto para a melhora da confiança geral quanto para a diminuição da desigualdade na percepção dos desafios econômicos por famílias com diferentes níveis de renda”.

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No último mês do ano, a estabilidade do ICC foi influenciada pela piora na avaliação da situação corrente ao mesmo tempo em que houve melhora das expectativas. O ISA (Índice de Situação Atual) diminuiu 1,3 ponto, para 65,6 pontos, enquanto o IE (Índice de Expectativas) subiu 2 pontos, para 83,4 pontos.

A piora da avaliação dos consumidores sobre a situação atual foi puxada pela deterioração da situação financeira das famílias. O indicador que mede a satisfação com as finanças pessoais caiu 2,9 pontos, para 59,2 pontos, o menor valor desde abril deste ano.

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Por outro lado, o indicador que mede a percepção dos consumidores sobre a situação econômica atual se manteve relativamente estável ao variar 0,3 ponto em dezembro, para 72,8 pontos.

Com relação às expectativas para os próximos meses, o indicador que mais influenciou o IE foi o que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar, cujo indicador avançou 5,5 pontos, para 85,5 pontos.

Já o indicador que mede as expectativas sobre a situação econômica subiu 3,8 pontos, para 104,1 pontos. Mas, apesar das melhores perspectivas financeiras familiares, o ímpeto de compras nos próximos meses continuou caindo pelo quarto mês consecutivo, 3,6 pontos, para 62,8 pontos.

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