Pagamentos custariam R$ 16,7 bi aos cofres públicos
Marcos Santos/USP ImagesO Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) rejeitou nesta quarta-feira (4) a proposta das centrais sindicais para o aumento da quantidade de parcelas do seguro-desemprego para trabalhadores demitidos durante a pandemia do novo coronavírus.
Apesar de a bancada dos trabalhadores no colegiado — composta por representantes CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT — ter votado a favor do pagamento de duas parcelas extras do benefício aos demitidos durante a pandemia, a proposta não contou com os votos dos empregadores e do governo.
O colegiado tem 18 integrantes indicados por trabalhadores, empresas e governo. Cada categoria tem seis assentos no conselho, e apenas os seis votos das centrais foram favoráveis à ampliação do seguro-desemprego.
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De acordo com as centrais sindicais, os pagamentos adicionais atenderiam cerca de 2,7 milhões de trabalhadores que estariam desempregados e sem acesso a outros programas sociais.
As entidades alegam que a crise no mercado de trabalho já dura mais de seis meses, enquanto o número médio de parcelas do seguro desemprego está em quatro (o máximo é cinco, a depender da duração do contrato rescindido).
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Quem foi dispensado no início da crise pode já estar sem o benefício e, ao mesmo tempo, sem poder solicitar o auxílio emergencial criado para socorrer os mais vulneráveis, uma vez que o cadastro foi finalizado no início de julho.
O custo de cada parcela adicional era estimado pela equipe econômica em R$ 8,35 bilhões. Os dois pagamentos adicionais, portanto, significariam uma despesa extra de R$ 16,7 bilhões para do governo federal.