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Consequências da crise do setor elétrico serão sentidas por uma década

Para associação do setor, há duas crises: uma de suprimento e outra econômico-financeira

Economia|Do R7 com Agência Brasil

Reservatórios das usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste devem chegar a 18,5% em novembro deste ano
Reservatórios das usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste devem chegar a 18,5% em novembro deste ano Reservatórios das usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste devem chegar a 18,5% em novembro deste ano

Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão baixos e, por isso, as usinas termelétricas em operação deverão ficar ligadas até o final deste ano, de acordo com o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Hermes Chipp.

Segundo ele, a expectativa é que haja uso “acentuado” das termelétricas nos próximos meses e até o próximo ano. O vice-presidente da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), Paulo Cesar Tavares, afirma que a situação dos reservatórios é uma das crises que o setor elétrico vive hoje.

— Os níveis críticos nunca antes verificados para o período configuram uma conjuntura de alto risco energético.

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Segundo projeção da ONS, os reservatórios das usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste (a principal fornecedora de energia ao Sistema Interligado Nacional) devem fechar julho em nível de 33% de energia armazenada, chegando a 18,5% em novembro deste ano, caso as previsões meteorológicas se confirmem.

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As usinas termelétricas funcionam com combustíveis como gás natural e óleo. Por isso, podem ser ligadas e desligadas de acordo com a necessidade. Mas, além de serem consideradas mais poluentes que as hidrelétricas, têm um custo maior de geração. Ou seja, quanto mais energia produzida por essas usinas, mais cara fica a conta de luz do usuário final.

Crise financeira

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A outra crise é econômico-financeira e, segundo Tavares, teve início em 2012 com a medida provisória 579.

— O que vemos hoje é a maior explosão de preços e os caixas das distribuidoras estão quebrados. Se somar todos os subsídios dados em 2013 com os subsídios e custos das distribuidoras em 2014 os gastos chegam a aproximadamente R$ 56 bilhões. Sendo que cerca de R$ 35,5 bi das distribuidoras vão ser repassados para os consumidores em forma de tarifa e os outros R$ 21 bi serão pagos pelos contribuintes em forma de impostos.

Para o vice-presidente da Abraceel, o transparente seria que todos esses gastos fossem repassados na conta de energia, pois a ação passaria o sinal econômico correto, de que é necessário economizar e promover o uso racional.

— Para ter uma ideia, o PEE [Plano Nacional de Eficiência Energética] é de R$ 400 milhões. Quer dizer, 100 PEEs representam aproximadamente R$ 40 bilhões, ou seja, seria necessário um século e meio de Planos de Eficiência Energética para chegar no valor gasto até agora com a crise. É preciso no mínimo uma década para amortizar tudo.

O problema afeta diretamente as indústrias que são responsáveis pela geração de emprego e renda, uma vez que o mercado livre não recebeu nenhum tipo de benefício.

— Em termos de preço, estamos vivendo uma situação como se já tivesse um racionamento de energia.

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