Cerca de 90% dos contratos de locação residencial usam a variação de 12 meses do IGP-M para aplicar o reajuste
ThinkstockO IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) subiu 1,67% em março, ante elevação de 0,38% em fevereiro, pressionado principalmente pela forte aceleração da alta dos preços no atacado. Em 12 meses, o índice variou 7,30%, maior do que a inflação oficial do ano passado que teve alta de 5,91%. Os dados foram divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta sexta-feira (28).
Cerca de 90% dos contratos de locação residencial com prazo superior a um ano usam a variação de 12 meses do IGP-M para aplicar o reajuste. Por conta disso, os contratos que fazem aniversário em abril devem ficar 7,30% mais caros.
Isso quer dizer que um aluguel de R$ 1.000 com vencimento em março será reajustado para R$ 1.073. Esse valor vai vigorar para o período de abril deste ano até março de 2015 ou até o encerramento do contrato.
O IGP-M também é utilizado como referência para a correção de valores de contratos de energia elétrica.
Em relação à segunda prévia de março, o indicador também mostrou aceleração da alta, após avanço de 1,41% na apuração anterior.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 2,20% em março, ante avanço de 0,27% no mês anterior.
O destaque ficou para o avanço de 6,16% dos produtos agropecuários, após recuo de 0,61% em fevereiro.
Consumo
Os preços altos dos alimentos pressionaram o IPCA-15 de março a uma alta de 0,73%, acumulando em 12 meses 5,90%, em meio a incertezas que ainda persistem sobre a continuidade do repasse das altas vistas no atacado.
Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30% no IGP-M, acelerou a alta para 0,82%, ante 0,70% em fevereiro.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), por sua vez, registrou elevação de 0,22%, desacelerando ante alta de 0,44% vista anteriormente. O INCC responde por 10% do IGP.
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A preocupação com a inflação alta tem sido uma constante neste ano. Na quinta-feira (27), o Banco Central piorou bastante sua projeção para o IPCA deste ano, para 6,1% pelo cenário de referência, aproximando-se ainda mais do teto da meta do governo, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
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