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Coronavírus faz BC reduzir juros pela 6ª vez seguida, a 3,75% ao ano

Apesar de ter sinalizado o fim dos cortes, Copom optou por uma nova redução da Selic em 0,5 ponto percentual para conter efeitos da pandemia

Economia|Do R7

Novo corte de juros já era esperado pelo mercado
Novo corte de juros já era esperado pelo mercado Novo corte de juros já era esperado pelo mercado

Após sinalizar o fim dos cortes de juros na última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) voltou a reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira (18).

Influenciada pelo efeito do Coronavírus na economia brasileira, a sexta baixa consecutiva leva a taxa básica de juros a 3,75% ao ano, menor patamar da história.

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O novo corte da Selic já era esperado pelo mercado financeiro, que apostava em uma baixa de 0,25% na reunião desta quarta-feira. De acordo com analistas ouvidos semanalmente pelo BC, o patamar de 3,75% ao ano permanecerá até o final de 2020.

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Ao justificar a decisão, o Copom afirmou que "a pandemia causada pelo novo coronavírus está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros". 

"Apesar da provisão adicional de estímulo monetário pelas principais economias, o ambiente para as economias emergentes tornou-se desafiador", destaca o comunicado emitido após a reunião.

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A nota do Copom ainda cita que o nível de ociosidade "pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado" e afirma que o "risco se intensifica caso um agravamento da pandemia provoque aumento da incerteza e redução da demanda com maior magnitude ou duração do que o estimado".

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O veredito pela redução da Selic foi unânime. Votaram a favor do corte o presidente do BC, Roberto Oliveira Campos Neto, e os diretores Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fábio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

Juros básicos

Conhecida como taxa básica, a Selic representa os juros mais baixos a serem cobrados na economia e funciona como forma de piso para as demais taxas cobradas no mercado financeiro.

Em linhas gerais, a taxa básica de juros é aquela que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

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A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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