Economia Crédito imobiliário desacelera em novembro com Selic em alta

Crédito imobiliário desacelera em novembro com Selic em alta

O dado mostra que os empréstimos para a casa própria seguiram em expansão, mas num ritmo inferior ao do início do ano

Reuters
Vista de construção de obra civil em São Paulo (SP)

Vista de construção de obra civil em São Paulo (SP)

RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO-29/09/2021

O crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE) no Brasil somou R$ 17,5 bilhões em novembro, o que representou um aumento de 26,8% em relação a igual mês de 2020, informou nesta terça-feira (21) a representante das financiadoras do setor, Abecip.

O dado mostra que os empréstimos para a compra da casa própria seguiram em expansão, mas num ritmo bastante inferior ao dos primeiros meses do ano, uma vez que a campanha agressiva do Banco Central para tentar esfriar a inflação já levou a taxa básica de juros em 2021 de 2% para 9,25% ao ano.

No acumulado dos primeiros 11 meses deste ano, as concessões de empréstimos imobiliários pelo SBPE atingiram R$ 189,4 bilhões, informou a Abecip, alta de 77,8% em relação a igual período do ano passado.

A combinação de juros em elevação com a forte alta do preço de insumos tem esfriado gradativamente a atividade imobiliária, uma das que mais cresceram no Brasil durante a pandemia, já que o BC no ano passado havia cortado a Selic como parte dos esforços para fazer a economia reagir aos impactos das medidas de isolamento social que levaram o país à recessão.

Em março, o crédito imobiliário pelo SBPE tinha atingido R$ 18,35 bilhões, um salto de 172,7% ante o mesmo mês do ano passado.

Diante do novo cenário, construtoras e incorporadoras já começam a refazer suas projeções. Na véspera, a Tecnisa cortou sua previsão de lançamentos do biênio 2020-21 para R$ 1,1 bilhão, ante projeção anterior de R$ 1,2 bilhão a R$ 1,5 bilhão.

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