Resumindo a Notícia
- Sinapi ganhou ritmo e marcou 1,94% em dezembro, contra 1,82% em novembro, diz IBGE
- Índice fechou o ano de 2020 com alta de 10,16%, maior taxa desde 2013, início da série
- Custo nacional para setor habitacional por metro quadrado passou para R$ 1.276,40 em dezembro
- Pandemia do novo coronavírus explica, em parte, aumento no preço de materiais
Índice que mede custos da construção civil fechou 2020 com alta de 10,16%
27/11/2020. REUTERS/Pilar OlivaresO Sinapi (Índice Nacional de Custos da Construção), divulgado nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ganhou ritmo e marcou 1,94% em dezembro, contra 1,82% em novembro.
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Com o resultado, o índice fechou o ano de 2020 com alta de 10,16%, acumulada ao longo de janeiro e dezembro do ano passado. De acordo com o IBGE, essa foi a maior taxa da série com desoneração desde 2013. Em dezembro de 2019, o resultado para o INCC/Sinapi foi de 0,22%.
Segundo o IBGE, as estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.
De acordo com o Sinapi, o custo nacional para o setor habitacional por metro quadrado passou para R$ 1.276,40 em dezembro, sendo R$ 710,33 relativos aos materiais e R$ 566,07 à mão de obra. Em novembro, o custo havia sido de R$ 1.252,10.
“A série foi muito impactada, a partir de julho, pelas altas sequenciais das parcelas dos materiais”, explica o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira. “Em agosto, percebemos que a parcela dos materiais se descolou da outra parcela que compõe o índice, que é a da mão de obra, exercendo uma influência muito grande sobre o agregado”, acrescenta.
Segundo Oliveira, a pandemia do novo coronavírus explica, em parte, o aumento no preço de materiais, mas as razões, para ele, são diversas.
“Pequenas obras, feitas em casa, aqueceram o mercado durante a pandemia e esta demanda interferiu na oferta de materiais. Indústrias foram afetadas com limitação de pessoal ou de oferta de matéria prima. Várias situações de mercado, em um período atípico, levaram a um quadro de aceleração dos preços no segmento de materiais e insumos da construção civil, em especial aço, cimento e condutores elétricos, dentre outros”, completa.