51% dos endividados afirmaram que os altos preços ajudaram a acumular dívidas
PixabayTrês em cada 10 brasileiros terminaram 2019 com dívidas, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4) pela CNDL/SPC (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas/Serviço de Proteção ao Crédito).
Leia mais: Sobrou mês no fim do salário? Veja 8 dicas para seu dinheiro render mais
Principais motivos:
• Mais da metade dos que viraram o ano no vermelho (51%) afirmaram que o principal motivo para o endividamento foram os altos preços dos produtos, que dificultaram a tarefa de liquidar as contas;
• Queda da renda (23%); e
• Perda do emprego (21%).
O levantamento também mostrou que, em 2019, 40% dos consumidores conseguiram ficar no zero a zero, ou seja, tiveram dinheiro apenas para pagar as contas, sem sobras, e apenas 18% ficaram no azul.
Leia mais: Como investir os primeiros R$ 100 na Bolsa de Valores
“As pessoas têm a falsa sensação de que viver no zero a zero é saudável em termos de finanças pessoais. Mas vale lembrar que viver dentro do padrão de vida equivale a gastar sempre menos do que se ganha. Assim, é possível construir uma reserva financeira de forma a cobrir eventuais gastos imprevistos”, destaca a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
A pesquisa também mostrou que 4 em cada 10 brasileiros querem reduzir os gastos este ano.
A redução de custos envolveria:
• Despesas básicas como supermercado, água, luz e telefone
• Lazer e vestuário.
Esse desejo de conter os gastos, de acordo com a pesquisa, é impulsionado por:
• Preços elevados (46%);
• Tentativa de economizar (28%); e
• Desemprego (25%).
Leia mais: Fugindo das dívidas: jovens mostram como investir seu dinheiro
Do total de entrevistados, 41% dos consumidores pretendem manter o mesmo nível de gastos dos meses anteriores, enquanto 13% acredita que vai elevá-lo, principalmente em decorrência do aumento do preço dos produtos e serviços (68%).
Para produzir a pesquisa, foram entrevistadas 800 pessoas acima de 18 anos de todos os sexos, classes sociais e regiões. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.