A minicozinha de papelão é um dos brinquedos preferidos do Theo e da Anna
Arquivo pessoalEstimular a criatividade dos filhos e inibir o consumo exagerado faz parte do dia a dia na casa da engenheira civil Marina Duarte Maia. Ela e as crianças produzem muitos dos brinquedos que têm.
Entre eles, caminhão, castelos, trator, minicozinha, máquina fotográfica e carro, feitos com papelão, roupas para bonecas, casinha de brinquedos, produzida com caixa de macarrão, além de massinha de modelar e tintas.
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"Muitas vezes quando eles me pedem um brinquedo, sugiro para criarmos o nosso. Eles adoram a ideia e acabam desistindo da compra felizes e orgulhosos com a sua criação", diz Marina.
Ela, inclusive, mantém o perfil @marinasimplifica na rede social Instagram com dicas de minimalismo e de atividades simples com os filhos. Atualmente Marina tem 27,4 mil seguidores.
Apesar de a montagem de brinquedos ser uma atividade que Theo, de 7 anos, e Anna, de 5 anos, adoram, Marina diz que não deixa de comprar brinquedos para eles, mas evita o consumo exagerado.
Ela afirma que prioriza os brinquedos que as crianças realmente querem, não aqueles que viram e pediram por impulso.
"A gente compra brinquedos, mas a diferença é que evitamos o consumo exagerado dando somente em datas especiais. Também priorizamos os que eles realmente querem e que durarão por muito tempo".
As crianças se divertem com os brinquedos
Arquivo pessoalEm época de pandemia, na qual as crianças estão passando muito mais tempo em casa, a engenheira e os filhos estão produzindo brinquedos que dão mais tempo de diversão.
"Estamos fazendo muitas tintas, massinhas e peças de papelão como castelo, caminhão e minicozinha de papelão, além de um leão que o cabelo é feito com pregadores."
De todos os brinquedos confeccionados pelo trio, Marina conta que "a minicozinha e os castelos foram os campeões de animação".
Os materias usados para os brinquedos são todos aqueles que a família possui em casa, desde papéis até caixa de ovos.
"Papéis, tintas, retalhos de tecidos, roupas velhas, botões e resíduos recicláveis, como embalagens de plástico, caixas de papelão ede ovo. Dificilmente compro alguma coisa".
O trator de papelão é uma das invenções de Theo e Anna
Arquivo pessoalMarina sugere aos pais que nunca criaram os brinquedos com os filhos a começarem a "oficina" com uma peça simples. Isso ajuda, segundo ela, a estimular a criança a se interessar a fazer outros.
Com o isolamento social, as crianças estão muito expostas à internet e, consequentemente, às propagandas de brinquedos que incentivam o consumo.
Teresa Tayra, educadora financeira, diz que os pais não podem ceder a todos os desejos dos filhos e devem buscar o equilíbrio entre comprar um brinquedo novo e produzir o próprio.
Ela ressalta que o estímulo deve começar desde a concepção do projeto. Vale, inclusive, realizar uma produção coletiva com outros amigos.
A jornalista Roberta Tavares e a filha Mel, de 5 anos, também fazem da casa uma verdadeira "fábrica de brinquedos".
O gosto pela criação de peças com papelão, principal matéria-prima para a produção de brinquedos da dupla, começou numa viagem. Mel havia levado poucos brinquedos e Roberta teve a ideia de transformar uma caixa de papelão em uma cozinha para ela brincar.
Desde então as duas se divertem com a produção de novos projetos.
Além das peças de papelão, elas também fazem massinha de modelar e slime em casa.
Violão, fogão, panelinhas, plaquinha com rosto para fazer maquiagem são alguns dos projetos criados pelas duas no período de quarentena. Entre as atividades, também estão pintar as unhas.
Quase 4 anos depois do primeiro brinquedo, Roberta diz acreditar que conseguiu mostrar para a filha que é possível se divertir com os próprios binquedos.
A peruana e administradora Mariza Maldonado Villafuerte é mãe das gêmeas Victoria e Kina, de 5 anos, e também é adepta a criar os brinquedos das filhas.
Victoria e Kina se divertem com a casa
Arquivo pessoalEla conta que a primeira obra foi uma casinha feita com a caixa de papelão da cadeira nova do pai.
"Queríamos fazer a casinha há algum tempo, mas não encontrávamos caixa grande. Devido à pandemia, meu marido precisou comprar uma cadeira e surgiu a nossa oportunidade", conta Mariza.
A administradora relata que toda a família participou da montagem e, por isso, a experiência foi muito divertida.
"Todo mundo se divertiu e minhas filhas gostaram de fazer o brinquedo, principalmente por compartilhar a diversão com os pais. Vamos seguir produzindo mais brinquedos."
*Estagiário do R7, sob supervisão de Márcia Rodrigues