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Gol e Azul fazem corte drástico em oferta de voos e ações disparam

Queda na demanda de passageiros em razão da pandemia do Covid-19, com drástico corte na oferta de voos

Economia|

Mudança aconteceu por coronavírus
Mudança aconteceu por coronavírus Mudança aconteceu por coronavírus

A companhias aéreas Gol e Azul anunciaram nesta terça-feira novas medidas para fazer frente à queda na demanda de passageiros em razão da pandemia do Covid-19, com drástico corte na oferta de voos, o que respaldava forte valorização de suas ações em sessão mais positiva nos mercados no Brasil e no exterior.

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A Gol anunciou que reduziu a oferta de voos em aproximadamente 92% no mercado doméstico e que vai parar de operar nos mercados internacionais entre o período de 28 de março a 3 de maio, com suspensão de todas as operações regionais e internacionais regulares.

"Enquanto os brasileiros adotarem um comportamento responsável de isolamento social e evitarem viagens, a Gol manterá uma malha essencial de 50 voos diários entre o Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos e as demais 26 capitais", afirmou a companhia em fato relevante.

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Segundo a Gol, a oferta de serviços será ajustada conforme a demanda específica dessas capitais e voos extras ocorrerão de acordo com a necessidade para destinos regionais e internacionais. O tempo limite das conexões será flexibilizado para assegurar a interligação entre capitais em até 24 horas.

Na mesma direção, a Azul comunicou que entre 25 de março e 30 de abril espera operar 70 voos diretos por dia, para 25 cidades, o que representa uma redução de 90% de sua capacidade total.

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"As medidas de contenção e quarentena que estão sendo implementadas em todo o país estão limitando significativamente a mobilidade de nossos clientes, tripulantes e parceiros, o que torna inviável a operação de várias rotas que servimos", disse a Azul.

Por volta das 12h50, os papéis preferenciais da Gol subiam 16,88% e as ações preferenciais da Azul tinham valorização de 17,93%, entre as maiores altas do Ibovespa, que subia 11%. Na máxima da sessão, chegaram a avançar 24,10% e 23,67%. Até a véspera, acumulavam quedas de 82% e 75,5% em 2020.

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O setor aéreo no mundo todo vem sofrendo mais recentemente em razão da série de medidas de restrição de circulação de pessoas decorrente da rápida disseminação do novo coronavírus.

Mais cedo, o chefe da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) alertou que as companhias aéreas de todo o mundo estão em situação de emergência e os pacotes de resgate de governos são necessários o mais rápido possível para evitar o colapso de várias empresas.

No Brasil, o setor é ainda afetado pelo comportamento da taxa de câmbio, com o dólar mostrando forte valorização em relação ao real neste ano. Nesta sessão, porém, o dólar cedia 1,25%, a 5,0743 reais na venda.

Mais medidas

A Azul também divulgou que aumentou a quantidade de tripulantes que aderiram ao programa de licença não-remunerada da companhia, totalizando mais de 7,5 mil até esta terça-feira, o que representa mais de metade do total da força de trabalho da empresa.

A aérea ainda anunciou a redução de 50% nos salários de membros do comitê executivo (diretores e diretores estatutários) e corte de 25% nos salários dos gerentes.

A Azul também está trabalhando para fortalecer sua liquidez, negociando novas condições de pagamento com seus parceiros e avaliando uma nova linha de crédito com instituições financeiras, entre outras iniciativas.

Já a Gol disse que flexibilizou as regras e procedimentos de alteração de passagens, para que os clientes com voos reservados entre 28 de março e 3 de maio tenham a opção de alterar suas viagens sem nenhuma cobrança de taxa.

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