Após registrar a primeira alta semanal desde fevereiro na semana passada, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, fechou novamente em alta nesta segunda-feira (30).
Na sessão, o índice subiu 1,65%, aos 74.639,48 pontos. O volume financeiro no pregão superou os R$ 19,8 bilhões.
O avanço no pregão desta segunda-feira vem após uma queda de 5,5% na última sessão, com a perda em março alcançando cerca de 28%, que se mantida representará o pior desempenho mensal desde agosto de 1998 (-39,55%).
"Tempos de guerra", afirmou a XP Investimentos em relatório a clientes, no qual voltou a revisar projeção do Ibovespa no final de 2020, desta vez a 94.000 pontos, de 132.000 pontos antes, dado o forte efeito nos lucros das empresas esperado nos próximos trimestres.
A valorização do Ibovespa foi guiada pelo bom desempenho das ações mais negociadas, popularmente chamadas de "blue chips", que acompanharam o desempenho dos pregões nos Estados Unidos, conforme a pandemia do coronavírus continua adicionando volatilidade aos negócios.
Dólar
O dólar, por sua vez, voltou a subir e fechou a segunda-feira negociado a R$ 5,181, patamar 1,45% superior ao registrado ao final do pregão da última sexta-feira (27). Trata-se da segunda mais elevada cotação para um fechamento, atrás apenas dos R$ 5,199, do dia 18 de março.
A valorização da moeda norte-americana ante o real acompanha a cautela global em relação ao impacto econômico do coronavírus, enquanto, no cenário doméstico, divergências entre governos regionais e federal sobre a resposta à pandemia continuavam no radar.
No geral, analistas ainda veem o dólar ajustando para baixo até o fim do ano. A pesquisa Focus do BC divulgada mais cedo mostrou que a mediana das estimativas para a taxa de câmbio ao fim de 2020 se manteve em R$ 4,50. As projeções para o desempenho da economia e para a taxa Selic, porém, diminuíram.