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Incertezas no mercado interno elevam dólar acima de R$ 5,47

Na abertura do pregão, moeda americana avançava 0,64%, a R$ 5,4579 na venda, após saltar a R$ 5,4765 no pico do pregão

Economia|Do R7

Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,76%, a R$ 5,467
Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,76%, a R$ 5,467 Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,76%, a R$ 5,467

O dólar avançava acentuadamente nesta sexta-feira (20), chegando a superar os R$ 5,47 e caminhando para forte ganho semanal em meio à expectativa de redução de estímulos pelo Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) já em 2021, com o ruído político e fiscal doméstico colaborando para a aversão a risco dos investidores.

Leia também: Ibovespa recua na abertura e pode ter pior semana em meses

Às 10:33, o dólar avançava 0,64%, a R$ 5,4579 na venda, após saltar a R$ 5,4765 no pico do pregão. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,76%, a R$ 5,467.

Esse movimento estava em linha com os ganhos do dólar no exterior, tanto em relação a uma cesta de pares fortes quanto contra divisas emergentes pares do real, como rand sul-africano, peso mexicano e lira turca.

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A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve mostrou que a maior parte das autoridades do banco central espera reduzir suas compras de títulos de emergência já neste ano, elevando as perspectivas de entrada de recursos nos Estados Unidos, embora também tenha evidenciado divergências crescentes entre os membros do Fed.

"A minha conclusão sobre a ata é de que os membros do Fed ficaram divididos", disse à Reuters Luca Maia, do BNP Paribas, afirmando que vários participantes do mercado têm opiniões divergentes em relação aos próximos passos da autoridade monetária.

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"Com os riscos representados pela variante Delta e sinais de que algumas autoridades não estão tão preocupadas com a inflação, na minha opinião, isso dá a entender que o Fed poderia esperar um pouco mais para começar o 'tapering'".

Mas o fato é que esse tipo de discussão eleva a volatilidade e a incerteza nos mercados globais, afirmou Maia, principalmente em meio a sinais de desaceleração do crescimento de economias importantes, como a China. Dados fracos sobre o varejo e a indústria do país asiático assustaram os mercados financeiros globais no início da semana.

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No Brasil, intensificando o desconforto dos investidores com o Fed, o incessante burburinho fiscal doméstico não tem dado trégua.

"O real já estava performando mal antes da divulgação da ata do Fed", disse Maia, apontando razões idiossincráticas ligadas à saúde fiscal do Brasil, atraso na agenda de reformas do governo e os efeitos da crise hídrica. "Esse contexto, aliado à incerteza sobre 'tapering', tem efeito exacerbado no câmbio", afirmou.

O dólar estava em curso de encerrar a semana em alta de mais de 4%, acumulando ganho de 4,8% até agora no mês de agosto. No ano, a moeda sobe mais de 5%, longe das mínimas abaixo de R$ 5 atingidas no final de junho.

O que poderia fornecer alívio à moeda doméstica até o final do ano, disse Maia, é o ciclo de alta de juros do Banco Central. "O BC deve continuar entregando o ajuste monetário intenso, deixando o Brasil no caminho de se tornar o país emergente com alta liquidez que oferece a taxa de carrego mais atrativa."

Na véspera, o dólar à vista subiu 0,88%, a R$ 5,4231 na venda, maior patamar desde 4 de maio (R$5,4322).

O Banco Central anunciou para esta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de 15 mil contratos com vencimento em fevereiro e julho de 2022.

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