Cartão e cheque especial são as linhas mais caras
FreepikAs taxas de juros do cartão de crédito e do cheque especial encerraram o ano de 2020 com escaladas e pesaram mais no bolso do brasileiro, de acordo com dados do Banco Central desta quinta-feira (28).
Em dezembro, os juros do cheque especial tiveram a segunda alta mensal seguida e atingiram 115,6% ao ano, enquanto a taxa do rotativo cresceu pelo terceiro mês e chegou a 328,1% ao ano.
No caso do cheque especial, uma dívida de R$ 1.000 tomada em dezembro de 2020 vai se tornar, hipoteticamente, um saldo devedor de R$ 2.156 com a taxa média praticada pelos bancos brasileiros.
Já no caso do cartão de crédito, a "bola de neve" fica ainda maior com os juros praticados pelas instituições financeiras. A mesma dívida imaginária de R$ 1.000 vai saltar para R$ 4.281 dentro de um ano.
O crédito consignado, aquele que tem desconto na folha de pagamento do funcionário, é uma das linhas de empréstimo mais baratas do mercado e se apresenta como principal alternativa para o cheque especial e o cartão de crédito.
Em dezembro, em média, os bancos cobraram 18,6% ao ano de taxas de juros nessa linha de crédito. Com isso, aquela dívida de R$ 1.000, se feita no crédito consignado, passaria a custar R$ 1.186 depois de um ano.
Para servidores públicos, a taxa é ainda menor e atinge 16% no crédito consignado, nível parecido com os 20,9% praticados com beneficiários do INSS (aposentados e pensionistas). Para trabalhadores da iniciativa privada, a taxa média foi de 29,6% ao ano em dezembro.