O brasileiro que estiver disposto a pagar R$ 3.999 no Playstation 4, cujo preço no Brasil foi confirmado pela Sony na última quinta-feira (17), gastará R$ 2.886 apenas em impostos, que somam 72,18% do seu custo final, segundo dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). O valor é o mais caro entre todos os países que comercializam o console. Nos Estados Unidos, o aparelho será vendido por apenas R$ 862,96 (US$ 399).
Entre as tributos que incidem sobre o videogame estão taxas que vão do PIS (Programa de Integração Social) ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) — veja detalhes no gráfico abaixo.
De acordo com a vice-presidente da IBPT, Letícia do Amaral, as reformas tributárias foram responsáveis por quase dobrar a carga de impostos no Brasil desde os anos 2000.
Viajar aos EUA e comprar PlayStation 4 lá sai mais barato
— Os altos impostos são resultado da política do governo, que aumentou a carga tributária de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) para quase 40% atualmente.
Segundo ela, uma “anomalia” do Brasil é ter 50% da carga tributária, uma vez que consumidores de diferentes condições sociais acabam pagando a mesma taxa sobre os produtos.
— Em outros países a carga tributária privilegia patrimônio e renda.
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Letícia afirma ainda que a redução dos impostos no País aumentaria a competitividade internacional e estimularia a produção e consumo internos.
— O governo ganharia [arrecadação dos impostos] na quantidade, pois quase tudo inclui tributos.
Em nota oficial, a fabricante japonesa já declarou na última quinta-feira que "o console é importado para o Brasil, e aproximadamente 60% a 70% do preço é baseado nas taxas de importação impostas pelo governo local".