Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) preveem que a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) a ser finalizada na próxima quarta-feira (4) vai elevar a taxa básica de juros da economia em 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano.
Caso a estimada seja confirmada, a Selic será conduzida ao maior patamar desde a taxa de 13% ao ano, que vigorou entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017. Conforme as expectativas, o avanço ainda deve ser seguido de novas elevações, até atingir o nível de 13,25% ao ano, taxa esperada para a última reunião de 2022.
A alta da taxa Selic tem o objetivo de conter o avanço da inflação, já que as decisões funcionam como o instrumento de política monetária mais utilizado para controlar os preços. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam outras alternativas de investimento.
A trajetória de alta da taxa básica começou em março do ano passado, quando a Selic figurava em 2% ao ano, o menor patamar da história, após uma série de reduções iniciada em 2016. A variação de 1 ponto percentual é igual à adotada no último encontro do Copom e confirma a desaceleração após três saltos consecutivos de 1,5 ponto percentual entre os meses de outubro e março.