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Mitsui diz que maior demanda por petróleo pesado impulsiona lucro da empresa

Economia|

TÓQUIO (Reuters) - A maior demanda por petróleo pesado com baixo teor de enxofre antes da entrada em vigor das novas regras para os combustíveis marítimos está ajudando a impulsionar o lucro da Mitsui, uma vez que o projeto australiano de Greater Enfield inicia em produção em agosto, conforme planejado, disse a casa de trading japonesa nesta quinta-feira.

"O início oportuno da produção de petróleo pesado com baixo teor de enxofre e boa qualidade no projeto 'upstream' também gerou um efeito cascata em nossa unidade em Cingapura", disse o presidente executivo da Mitsui, Tatsuo Yasunaga, em um encontro com analistas.

Um executivo da Mitsui havia afirmado em março que a companhia vai produzir mais petróleo pesado neste ano assim que os projetos na Austrália e Itália forem concluídos, alavancando em parte sua capacidade de fornecer combustível naval com baixo teor de enxofre. A Organização Marítima Internacional proibirá que navios utilizem combustíveis com conteúdo de enxofre acima de 0,5% a partir de 1º de janeiro de 2020, ante 3,5% hoje.

À parte disso, a Mitsui pode considerar a venda de sua participação em novos projetos de usinas a carvão na Malásia e Marrocos se tais acordos trouxerem ganhos de capital, disse Yasunaga, citando o plano da empresa de aumentar a parcela de energia renovável em seu portfólio global de geração de energia.

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Já os preços do minério de ferro ficaram em níveis acima do esperado entre abril e setembro devido à forte demanda pela China e à redução de oferta causada pelo colapso da barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho (MG), mas as cotações devem recuar no período outubro-março, disse Yasunaga.

Na quarta-feira, a Mitsui havia reafirmado sua previsão de um lucro recorde de 450 bilhões de ienes (4,16 bilhões de dólares) para o período anual até 31 de março de 2020, afirmando que os preços mais fortes do minério de ferro e os lucros sólidos no comércio de petróleo pesado e gás natural devem compensar o desempenho mais fraco nos negócios químicos.

(Reportagem de Yuka Obayashi)

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