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Preço na porta da fábrica tem alta de 1,33% e registra maior variação desde maio de 2012

Em junho, 19 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 17 em maio

Economia|Do R7

A indústria do papel foi uma das que teve maior alta de preços
A indústria do papel foi uma das que teve maior alta de preços A indústria do papel foi uma das que teve maior alta de preços

Os preços de produtos “na porta de fábrica” — sem impostos e fretes —, medido pelo IPP (Índice de Preços ao Produtor), tiveram alta de 1,33% em junho deste ano em comparação com o mês anterior, resultado superior ao alcançado em maio (0,24%). É a maior variação desde maio de 2012 (1,69%).

Das 23 atividades pesquisadas 19 apresentaram alta de preços, contra 17 do mês anterior. As quatro maiores variações de junho em relação a maio foram em fumo (4,73%), papel e celulose (4,40%), outros equipamentos de transporte (4,11%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,99%).

Os itens com maior influência, ou impacto, na variação de junho contra maio (1,33%) foram alimentos (0,45 p.p.), outros produtos químicos (0,22 p.p.), papel e celulose (0,15 p.p.) e metalurgia (0,13 p.p.).

O indicador acumulado de 2013 atingiu 1,56% em junho, contra 0,23% em maio. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva do indicador acumulado, sobressaem papel e celulose (7,17%), fumo (6,91%), têxtil (6,09%) e metalurgia (4,66%). Os setores com maior influência foram metalurgia (0,36 p.p.), alimentos (-0,29 p.p.), papel e celulose (0,24 p.p.) e veículos automotores (0,24 p.p.).

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Na comparação com o mesmo mês de 2012 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 4,25% em junho, contra 4,03% em maio. As quatro maiores variações de preços ocorreram em papel e celulose (10,12%), fumo (9,27%), borracha e plástico (7,24%) e bebidas (5,66%). As principais influências na comparação de junho contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (0,81 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,58 p.p.), outros produtos químicos (0,55 p.p.) e papel e celulose (0,33 p.p.).

A variação de preços dos alimentos observada em junho, 2,35% contra maio, foi a maior desde julho de 2012 (3,10%). Com esse resultado, o acumulado no ano, -1,44%, aproxima-se do resultado de janeiro de 2013, -1,52%, depois de ter atingido, em março, -5,23%, e, em maio, -3,70%. Na comparação contra junho de 2012, a taxa foi de 4,12%, superior aos 4,00% de maio, mas inferior à série observada entre março de 2012 (7,84%) e março de 2013 (8,81%).

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Entre os produtos em destaque, todos com variações positivas de preços, "resíduos de soja" e "açúcar refinado de cana" figuraram entre os de maior influência e de maior variação de preços. No caso da variação de preços, são destaques também "manteiga de cacau" e "açúcar demerara, inclusive açúcar VHP". Outros dois produtos em destaque em termos de influência são "leite esterilizado / UHT / longa vida" (entressafra) e "carnes de bovinos frescas ou refrigeradas".

A fabricação de papel e celulose registrou em junho o maior resultado mensal do ano de 2013, 4,40%. Apesar do acumulado no ano ter evoluído a 7,17%, seu resultado não supera o seu equivalente no ano passado (o acumulado em junho de 2012 foi de 9,57%).

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A atividade registrou também 10,12% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o resultado mais expressivo desde fevereiro de 2013 (12,26%). Com esse resultado também a atividade atinge em junho de 2013 o maior valor da série histórica desde o início da série (dezembro de 2009). Os resultados desse setor de atividade foram significativamente impactados pela combinação de valorização do dólar com o aumento dos valores praticados nas exportações de celulose.

Os produtos que mais influenciaram os indicadores acumulado no ano, comparação com o mês anterior e comparação com o mesmo mês do ano anterior, todos com valores positivos, foram “celulose”, “papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica”, “cadernos” e “papel kraft para embalagem não revestido”.

A atividade de refino de petróleo e produtos do álcool registrou variação de -0,56% em junho com relação a maio de 2013, seguindo trajetória negativa registrada no mês anterior. No ano, o setor acumulou alta de 1,28%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, junho registrou resultado de 5,34%.

Do setor de álcool, o “álcool etílico (anidro ou hidratado)” apareceu mais uma vez com níveis inferiores aos do mês anterior. No setor de produtos de petróleo, o destaque ficou por conta de “naftas”, “óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “querosenes”. Pelo terceiro mês consecutivo os preços de naftas registraram queda na comparação com os meses anteriores.

Na série histórica, a tendência de desaceleração dos preços vem se dando desde outubro de 2012, seguindo os preços internacionais. Completando os produtos em destaque, “óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “querosenes” possuem trajetórias similares nos últimos meses, com desaceleração observada nos últimos três meses. No ano, os produtos em destaque foram “naftas”, “querosenes de aviação”, “gasolina” e “óleo diesel e outros óleos combustíveis”.

Apesar das quedas recentes nos níveis de preço do diesel, “óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “gasolina” se destacaram pelo viés positivo, enquanto “naftas” e “querosenes” registraram queda no ano. Nos últimos doze meses, observa-se que os mesmos produtos aparecem como destaque, à exceção dos “querosenes”, que dão espaço aos “óleos lubrificantes básicos”.

Outros produtos químicos registraram em junho variação de preços de 1,98% com relação a maio, invertendo trajetória negativa apresentada no mês anterior, quando havia registrado -1,43%. No ano, o nível de preços acumulou 1,51%, enquanto que, no comparativo com junho de 2012, o setor apresentou alta de 5,01%.

Em se tratando dos valores de junho frente a maio, os quatro produtos em destaque são provenientes de três grupos distintos, todos com viés positivo. Da química orgânica, “etileno” e “propeno”. Apesar do posicionamento positivo do nível de preços do mês de junho, observa-se queda na trajetória do indicador dos últimos meses.

Pode ser observada desaceleração nos preços desta categoria desde o último trimestre de 2012. Os defensivos agrícolas se destacaram com “herbicidas”. A química inorgânica registrou influência de “adubos NPK”. Juntos, os quatro somaram 1,34 p.p., de 1,98% do total do setor. O indicador acumulado se diferencia, em termos de produtos destacados, do indicador mensal.

A diferença ficou por conta da cadeia de química orgânica, representada apenas por “propeno”, dando espaço às resinas e elastômeros, com o produto “PVC”. De todos os produtos destacados, apenas “amônia” registrou valores negativos para o ano. Na comparação com junho de 2012, os destaques ficaram por conta de “herbicidas”, “propeno”, “PEAD” e “ureia”. Nos últimos doze meses, apenas “ureia” registrou valores negativos.

Em junho de 2013 o setor de metalurgia apresentou pela quinta vez no ano variação positiva de preços. O resultado de 1,62%, em relação a maio de 2013, foi a maior variação desde maio de 2012. Os quatro produtos com maiores variações de preços também foram os selecionados como os mais influentes no mês, sendo que dois são ligados à metalurgia do aço: com variação positiva, “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” e, com variação negativa, “tubos de aços com costura”.

Os outros dois produtos são ligados à metalurgia de metais não ferrosos e tiveram variações positivas: “alumínio não ligado em formas brutas” e o “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”. Analisando a influência, porém em relação ao acumulado do ano e aos últimos 12 meses, apareceram os mesmos quatro produtos em destaque, todos ligados ao aço e com influências positivas.

O acumulado no ano teve variação positiva de 4,66%, superior aos acumulados em junho de 2012 (1,97%) e 2011 (0,23%), mas inferior ao junho de 2010 (8,32%). Considerando que nos últimos 12 meses a variação média no setor foi de 3,90% com uma sensível recuperação de preços no ano corrente, mesmo com a produção nacional em queda e o excesso de oferta mundial, graças principalmente às novas normas tributárias que entraram em vigor no inicio do ano e ao câmbio favorável para as exportações.

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