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Programas de fidelidade driblam crise e conquistam 14 milhões de novos inscritos

Setor prevê que economia fraca estimule consumidores brasileiros a acumular e utilizar pontos

Economia|Fernando Mellis, do R7

Compras do dia a dia podem render pontos
Compras do dia a dia podem render pontos Compras do dia a dia podem render pontos

Você faz parte de algum programa de fidelidade? Junta pontos para trocar por produtos e serviços? Os brasileiros estão cada vez mais interessados nesse "escambo", segundo dados da Abemf (Associação Brasileira das Empresas de Fidelização), que indicam aumento de 22% do número de cadastros em programas de fidelidade nos últimos 12 meses. Foram 14 milhões de clientes conquistados no período, e o total chegou a 67,7 milhões de inscritos.

Engana-se quem pensa que os mais de 132,2 bilhões de pontos acumulados entre janeiro e setembro deste ano serão usados apenas para resgatar passagens aéreas. A diversificação de parceiros dos programas de fidelidades e as lojas virtuais próprias mudou a forma como os participantes utilizam os pontos.

Nos primeiros nove meses de 2015, a Multiplus — maior empresa de fidelização do País, com 13,5 milhões de inscritos — teve aumento de 37,2% de resgate em produtos que não são passagens aéreas, como eletrônicos, por exemplo. No mesmo período, a troca de pontos por bilhetes de avião teve alta de 6,4%.

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O presidente da Abemf, Roberto Medeiros, avalia que o setor se tornou mais democrático, oferecendo possibilidades de comprar desde um sanduíche até produtos de alto valor usando pontos.

— A gente conseguiu, na associação, ter um espectro de resgates que basicamente cobrem toda a população brasileira. É um pouco para desmistificar que os programas de fidelidade existem apenas para aquelas pessoas que têm capacidade de consumo muito grande, o que não é verdade.

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Ele acrescenta que a emissão de passagens aéreas é expressiva em programas como Multiplus e Smiles, mas que há diversas opções que vão além disso.

— Normalmente, está na cabeça do participante que o resgate é passagem aérea. De fato, é muito importante passagem aérea, mas nós temos na associação e na indústria programas que são o contrário, a maior parte dos resgates é não aéreo. A gente tem resgate de McDonald’s, pen-drive, ingresso de cinema. 

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A associação não divulga qual é a participação dos cartões de credito no total de pontos emitidos. Vale lembrar que a maior parte dos programas de fidelidade dos bancos utiliza a cotação do dólar para converter o valor gasto em pontos.

Com a alta da moeda norte-americana, o acúmulo de pontos é mais lento. Roberto Chade, vice-presidente da associação, destaca que o comércio tem se tornado um grande aliado na hora de acumular.

— A fidelização no Brasil começou com as companhias aéreas, depois os bancos entraram fortemente e de uns anos para cá o varejo passou a ter uma presença cada vez maior.

Segundo Medeiros, a previsão de uma economia ruim ainda em 2016 não preocupa o setor. Ele destaca que as pessoas deverão se tornar mais atentas às eventuais vantagens proporcionadas pelos programas de fidelidade.

— Em situações de maior desafio macroeconômico, o que a gente acha é que a população vai ficar mais atenta e vai escolher entre o posto de gasolina A ou B porque ganha milhas ou pontos do programa ao qual ele está associado. Então, ele vai querer maximizar o acúmulo de pontos naquele programa, na farmácia, no supermercado.

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Ele acrescenta que o crescimento desse mercado não depende exclusivamente de mais consumo, mas de um aumento na base de participantes e de uso dos benefícios.

— A gente não está otimista porque vai haver aumento de consumo, a gente está otimista porque os participantes vão ficar cada vez mais ciosos de que eles podem tirar valor das compras do seu dia a dia.

Hoje, é possível acumular e trocar pontos em farmácias, supermercados, companhias aéreas, postos de gasolina, redes de lojas, hotéis, estacionamentos e outros tipos de estabelecimentos. Confira aqui como funcionam esses programas

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