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Receita vai investigar profissão e histórico de viagens de passageiros internacionais para evitar sonegação 

No desembarque, fiscais já terão lista dos passageiros que passarão por inspeção 

Economia|Carolina Martins, do R7 em Brasília

Brasileiros que fazem viagens internacionais estão na mira do Fisco
Brasileiros que fazem viagens internacionais estão na mira do Fisco Brasileiros que fazem viagens internacionais estão na mira do Fisco

Para acabar com a sonegação de impostos praticada por brasileiros que fazem compras no exterior, a Receita Federal decidiu anunciar, nesta quarta-feira (24), um reforço na fiscalização dos passageiros que fazem viagens internacionais. A estratégia é ter em mãos informações da vida pessoal dos viajantes antes mesmo que eles desembarquem no Brasil.

Além do nome de cada passageiro de voos internacionais, a Receita quer saber a profissão, os lugares que a pessoa visitou nos últimos meses e quantas vezes ela saiu do Brasil.

Todos os dados serão usados para traçar o perfil dos viajantes e fazer uma análise de risco de quem, provavelmente, estourou o limite de isenção de impostos, que é de US$ 500 em compras para quem viaja por meios marítimos e aéreos, e US$ 300 por meios terrestres.

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De acordo com o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita, Ernani Checcucci, o objetivo é acelerar o tratamento para o cidadão comum, para que não tenha nenhum indício de irregularidade. Checcucci também nega que a intenção seja aumentar a arrecadação da Receita.

— A função dessa atividade é dar celeridade ao passageiro que não tem nenhuma razão para ser importunado pela fiscalização e identificar quem apresenta indícios de risco. Não é só a questão da tributação. Hoje em dia a viagem internacional tem uma série de outros ilícitos, como lavagem de dinheiro, transporte de valores, medicamentos falsos e outros tipos de ilícitos que estão a cargo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por exemplo.

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Biometria facial

Segundo o subsecretário, na hora do desembarque, o Fisco já terá feito uma lista dos passageiros que serão obrigados a passar pela verificação de bagagens na alfândega. A identificação será feita por meio da foto do passaporte, que fica armazenada no banco de dados da Receita.

— A partir da base de dados e da fotografia dos viajantes que estão disponíveis na base de informações dos passaportes, a gente faz a visualização por biometria facial e identifica os passageiros na passagem pela aduana. Atualmente, os fiscais da Receita escolhem as pessoas na fila do desembarque de forma aleatória, sem analisar nenhuma informação pessoal dos passageiros.

O sistema já foi testado em alguns aeroportos durante este ano, como nos terminais de Manaus e de Guarulhos (SP). A Receita afirma que a tecnologia será implementada, de forma gradual, em todos os aeroportos internacionais do País até o primeiro semestre de 2015.

Balanço

Somente na primeira metade de 2014, a Receita Federal registrou decolagem e pouso de 81 mil voos internacionais — quase a metade dos registrados durante todo o ano passado (162.608 voos).

O número de passageiros que fizeram viagens internacionais no primeiro semestre deste ano ultrapassa os 10,5 milhões. Durante todo o ano passados, 19,7 milhões de passageiros fizeram viagens para o exterior e a Receita apreendeu US$ 20,6 milhões em mercadorias na alfândega.

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