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Saiba como usar a segunda parcela do 13º salário, paga até esta quinta

Especialistas orientam que endividados usem dinheiro da gratificação para reduzirem ou quitarem os débitos mais caros

Economia|Giuliana Saringer, do R7

Primeira parcela foi depositada até 30 de novembro
Primeira parcela foi depositada até 30 de novembro Primeira parcela foi depositada até 30 de novembro

A segunda parcela do 13º salário precisa ser paga aos trabalhadores até esta quinta-feira (20). A primeira metade foi depositada para os brasileiros até 30 de novembro deste ano. Para não gastar todo o dinheiro de uma vez e começar 2019 sem dívidas, o R7 conversou com especialistas em finanças pessoais.

A professora de finanças pessoais da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) Virginia Prestes afirma que os endividados devem usar a segunda parcela do 13º para reduzir ou quitar os valores pendentes. “A pessoa deve sempre ir ao banco para saber quais as taxas que está pagando e negociar, priorizando as [dívidas] mais caras", afirma. 

8 respostas sobre quem tem direito e como calcular o 13º salário

Segundo Virginia, ao pagar parte dos débitos, o endividado aumenta a “moral” no banco e tende a conseguir descontos em taxas de outras contas em atraso. Pesquisar outras instituições financeiras, por meio da portabilidade, também é uma boa alternativa para encontrar melhores oportunidades de crédito.

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O ponto de partida para quem não tem dívidas é planilhar todos os gastos. No final do ano e começo do próximo, é comum existirem gastos extras que engordam as contas do mês, como as festas de fim de ano, compra de presentes, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e compra de material escolar.

Nesta hora, é importante analisar quais as contas que admitem descontos nos pagamentos à vista e priorizá-las. 

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O equilíbrio e as compras de modo racional são a melhor pedida para não se endividar no final do ano e usar bem o 13º. “Nem 8 nem 80, nem gastar demais nem ser avarento. Esses prazeres planejados são os que dão força para que você tenha consistência. Se você se restringe muito, você se descontrola”, explica Virginia.

O educador financeiro Fabrizio Gueratto diz que o amigo secreto pode ser uma boa saída para não se endividar com os presentes de Natal. Se a confraternização não for adotada e for preciso comprar vários presentes, é preciso estipular o preço de cada um deles antes de ir as compras. 

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“Tem que escrever para quem ela vai dar presente e qual o valor disponível. Isso vai te frear em um impulso. [Se houver desejo de gastar mais] a lista vai causar um desconforto emocional”, afirma.

Segundo o educador financeiro, o final do ano traz um clima de relaxamento e conforto, que fazem com que o brasileiro "baixe a guarda financeira". “Quando as pessoas viajam no Ano Novo estão dispostas a gastar 3 vezes mais do que no resto do ano", exemplifica. 

O próximo passo é poupar parte do dinheiro. Para Virginia, é preciso criar uma reserva de emergência, ou seja, um fundo para eventuais imprevistos. É imporante que o dinheiro possa ser retirado facilmente, sem o pagamento de grandes taxas. Bons exemplos, segundo Virginia, são os produtos de renda fixa pós-fixados, como o Tesouro Direto Selic, fundos de renda fixa ou até mesmo um CDB.

Para Gueratto, o importante é anotar todos os gastos em uma planilha e, a partir dela, analisar quanto do 13º pode ser poupado. O valor determinado deve ser sacado e colocado no investimento no dia que cair na conta. 

O que fazer se não receber

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) estima que o pagamento do 13º salário vai injetar R$ 211,2 bilhões na economia nacional até o final deste ano e que o número de profissionais aptos a receber o 13º salário em 2018 supera em 0,6% o número de beneficiados no ano passado, quando 83,3 milhões de trabalhadores tiveram o direito à remuneração adicional.

Segundo o Ministério do Trabalho, os brasileiros que não receberem o 13º salário devem procurar as Superintendências do Trabalho ou as Gerências do Trabalho para fazer a reclamação.

Outra opção é buscar orientação do sindicato da categoria, para entender qual providência tomar. Segundo o Ministério, “a empresa que não fizer o pagamento no prazo pode ser autuada por um auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e pagar multa pela infração”.

O 13º salário é um benefício pago a todo trabalhador que atuou por 15 dias ou mais durante o ano vigente e que não tenha sido demitido por justa causa. Quem trabalhou todos os dias do ano tem direito a 100% do 13º, enquanto os outros receberão o valor proporcional ao tempo trabalhado.

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