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Santander prevê crescimento acima de 10% do crédito brasileiro em 2018

Economia|

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A normalização da atividade econômica do país permite que a demanda por crédito no país retome o padrão histórico de expansão de dois dígitos, disse nesta quinta-feira o presidente-executivo do Santander Brasil, Sergio Rial.

"É perfeitamente possível que o crescimento volte a dois dígitos", disse Rial a jornalistas, ao comentar os resultados do terceiro trimestre do maior banco estrangeiro no país.

A previsão vem após o Santander ter anunciado na véspera que a aceleração das operações de crédito para pessoas físicas o ajudaram a registrar um salto de 37,3 por cento do lucro recorrente no terceiro trimestre sobre um ano antes.

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A carteira ampliada de empréstimos do Santander Brasil cresceu 8,2 por cento em 12 meses até setembro, ritmo bastante superior à média do mercado. Segundo o Banco Central, o estoque de crédito do sistema caiu 2,2 por cento em 12 meses até agosto.

Segundo Rial, o movimento reflete uma decisão consciente do Santander Brasil de ganhar fatias de mercado no crédito, embora de forma disciplinada, com foco em segmentos de menor risco, como consignado e imobiliário.

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O executivo previu que o índice de inadimplência acima de 90 dias do banco no final do ano ficará ao redor do nível do terceiro trimestre, de 2,9 por cento.

A expansão do volume de crédito pode ajudar o banco a compensar pressões maiores sobre o spread (diferença entre o custo de captação e o valor cobrado nos empréstimos a clientes) dado o ciclo de queda da Selic, que na quarta-feira foi reduzida para 7,5 por cento ao ano, aproximando-se do piso histórico.

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"É intuitivo imaginar que a queda da Selic pode provocar maiores pressões sobre os spreads", disse Rial.

Com a combinação de aceleração do crédito e das receitas com serviços, com destaque para cartões e gestão de recursos, a unidade brasileira do banco espanhol espera seguir reduzindo a diferença de rentabilidade em relação aos maiores rivais privados.

O Santander Brasil teve no terceiro trimestre uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 17,1 por cento, a mais alta desde o IPO do banco, em 2009. O índice do Bradesco foi de 18,2 por cento no segundo trimestre, enquanto o do Itaú Unibanco atingiu 21,5 por cento.

"Estamos no caminho certo para ter rentabilidade similar a dos nossos concorrentes", disse Rial.

Analistas receberam os resultados do banco com elogios.

"Reconhecemos que a diretoria está fazendo um grande trabalho para elevar a rentabilidade e ganhar participação de mercado", comentaram os analistas do Itaú BBA Thiago Bovolenta Batista e Alexandre Spada.

No entanto, após a forte valorização em 2017, as units banco eram alvo nesta quinta-feira de um movimento de realização de lucro por parte dos investidores. Às 16h20, as units do Santander Brasil recuavam 2,95 por cento, enquanto o Ibovespa caía 0,73 por cento.

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(Edição Alberto Alerigi Jr. e Raquel Stenzel)

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