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Setor de serviços no Brasil inicia ano em alta, mas coronavírus deve minar recuperação

Economia|

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O setor de serviços do Brasil voltou a apresentar ganhos em janeiro após dois meses de perdas, iniciando o ano com o melhor resultado para o mês em três anos, um resultado positivo que deve ficar para trás devido ao surto de coronavírus.

O volume de serviços em janeiro teve alta de 0,6% em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira.

O resultado vem após perdas de 0,5% e 0,1% em dezembro e novembro, respectivamente, e ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,5%.

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Em relação a janeiro de 2019, houve alta de 1,8%, contra expectativa de ganho de 1,6%.

Mesmo com os tropeços no final do ano, o setor de serviços brasileiro terminou 2019 com crescimento, mas agora enfrenta as incertezas relacionadas ao surto de coronavírus no país, cujas consequências tendem a aparecer nas próximas divulgações com o fechamento de empresas para manter seus funcionários em quarentena.

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"O setor ensaiava um recuperação que não vai acontecer com a pandemia de coronavírus", alertou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

"Os setores que serão mais afetados na pesquisa são os de prestação de serviços às famílias (como hotéis, bares, restaurantes e hospedagem) e transporte de cargas, frete e aéreas. Ambos pesam cerca 40% (no cálculo da pesquisa)", completou, destacando ainda o impacto sobre a indústria cinematográfica com fechamento de cinemas e sobre o serviço de locação de automóveis.

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"Ou seja, serão impactos significativos", resumiu Lobo.

Quatro das cinco atividades tiveram crescimento entre dezembro e janeiro, com destaque para o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que avançou 2,8%. O resultado recupera a perda acumulada nos dois últimos meses de 2019.

"O setor de transporte foi impulsionado pelos transportes ferroviários e rodoviários de carga", disse Lobo, destacando que o transporte de carga sofre influência do setor industrial, que cresceu 0,9% em janeiro.

Também apresentaram ganhos outros serviços (1,2%), serviços prestados às famílias (0,7%), e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%).

O único resultado negativo foi registrado por serviços de informação e comunicação, com queda de 0,9% no mês.

O setor de serviços tem o maior peso no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de 73,9%, conforme dados das contas nacionais referentes a 2019.

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