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Volume importado pela indústria sobe 11,2% em novembro, diz FGV

Por outro lado, segundo o relatório, o volume importado na indústria extrativa recuou 9,9% em novembro de 2020 ante novembro de 2019

Economia|

Volume importado pela indústria teve crescimento em novembro
Volume importado pela indústria teve crescimento em novembro Volume importado pela indústria teve crescimento em novembro

Em meio às queixas de empresários sobre a falta de insumos, houve crescimento de 11,2% no volume importado pela indústria de transformação, e alta de 16,5% na agropecuária em relação ao mesmo mês de 2019, segundo os dados do Icomex (Indicador de Comércio Exterior) do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Na indústria extrativa, o volume importado recuou 9,9% em novembro deste ano ante novembro do ano passado.

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Segundo o levantamento, na agropecuária, os produtos com crescimento nas importações acima de dois dígitos foram milho, carne bovina in natura, fumo em folhas e soja em grão. Outros destaques foram o óleo de soja, arroz, couro e farelo de soja, todos classificados como indústria de transformação. Também foi relevante o aumento no volume importado de alumínio, laminados planos e cobre.

"A escolha desses produtos está associada ao debate analisado pela Sondagem da Indústria elaborada pelo Ibre/FGV sobre declarações de representantes dos setores sobre a falta de insumos no mercado doméstico e no mercado internacional. A pressão sobre a demanda poderia traduzir-se em pressões inflacionárias", ressaltou a FGV, em nota oficial.

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A desvalorização do câmbio efetivo foi de 30% entre novembro de 2019 e 2020, ressaltou o documento. A FGV lembra que a pandemia provocou interrupções nas cadeias de produção e elevação nos custos de transportes, fenômenos que trazem pressões inflacionárias.

"No entanto, para que essa pressão leve a aumentos sustentados da taxa de inflação dependerá da retomada da demanda doméstica, algo que ainda não é consensual entre os analistas de conjuntura que venha a ocorrer", completou a nota do Ibre/FGV.

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As importações de bens de capital subiram 9,5% em novembro de 2020 ante novembro de 2019. O volume importado de bens intermediários registrou aumento de 11,1% no período, após meses consecutivos de quedas.

"Esses dois resultados indicam uma recuperação da indústria de transformação e descartam, por enquanto, a hipótese de substituição das importações", apontou o relatório do Icomex.

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O volume importado de bens de consumo não duráveis cresceu 17,7% em novembro de 2020 ante novembro de 2019, enquanto o de bens de consumo semiduráveis subiu 6,2%. A importação de bens de consumo duráveis aumentou 3,3% em novembro em relação ao mesmo mês de 2019.

Quanto ao volume de exportações, bens de capital recuaram 23,8% em novembro de 2020 ante novembro de 2019; bens de consumo duráveis subiram 28,2%; bens de consumo não duráveis aumentaram 17,8%; bens intermediários cresceram 2,7%; e bens semiduráveis caíram 2,0%.

No mês de novembro, a balança comercial teve um superávit de US$ 3,7 bilhões, o que levou a um saldo positivo de US$ 51 bilhões no acumulado do ano.

O volume importado cresceu 9,5% em novembro de 2020 ante novembro de 2019, sinalizando uma retomada da atividade econômica. A taxa de câmbio efetiva real valorizou 3,8% na passagem de outubro para novembro, e o índice de preços das importações caiu 1,4% no período, justificou a FGV.

No acumulado de janeiro a novembro, o volume importado recuou 7,8%, e o câmbio efetivo real desvalorizou 30%. "Nesse caso, a desvalorização junto à queda do PIB em relação a 2019 explicam a queda na importações", apontou o Ibre/FGV.

O volume exportado cresceu 0,2% em novembro ante igual período de 2019. No acumulado do ano até novembro, houve uma queda de 0,5%.

No mês de novembro de 2020 ante novembro de 2019, as exportações brasileiras para a China caíram 4,8%. No ano, ainda acumulam um avanço de 21,1%.

As vendas brasileiras para os Estados Unidos recuaram 11,4% em novembro de 2020 ante novembro de 2019, acumulando um recuo de 19,3% no ano.

Houve uma elevação de 43,2% nas exportações brasileiras para a Argentina em novembro, explicada pelas vendas do setor automotivo. No ano, porém, há uma perda acumulada de 8,9%.

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