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Aluna da USP conta como estava clima de festa em que garoto desapareceu

Estilo open bar, com bebidas alcoólicas servidas livremente, ingresso de evento chegou a R$ 90

Educação|Do R7

Evento realizado no velódromo do campus Butantã contou com 5 mil pessoas e shows de Marcelo D2 e da banda CPM 22
Evento realizado no velódromo do campus Butantã contou com 5 mil pessoas e shows de Marcelo D2 e da banda CPM 22 Evento realizado no velódromo do campus Butantã contou com 5 mil pessoas e shows de Marcelo D2 e da banda CPM 22

A morte de Victor Hugo Santos, de 20 anos, após uma festa “open bar” realizada na noite da última sexta-feira (19) no campus Butantã da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste paulistana, chama atenção para esse tipo de evento na universidade.

Em entrevista ao R7, uma aluna do curso de pedagogia da USP, que não quis se identificar, conta como estava o clima da festa em que Victor desapareceu e que, segundo o relato que segue, foi regada a muitas bebidas alcoólicas — além de cerveja e vodka, tinha também cachaça, tequila e energéticos.

"O início da festa estava previsto para as 21h de sexta-feira. Cheguei um pouco depois desse horário e fui embora por volta das 2h da manhã de sábado. Em muitas festas grandes como essa [do 111º aniversário do Grêmio Politécnico], a entrada pelo portão 1 da Cidade Universitária [próximo à rua Alvarenga] tem cambistas vendendo ingressos.

Depois das 23h só é permitido entrar no campus quem tem a carteirinha da universidade e quem tem ingresso para ir a alguma festa. Então a galera que não tem ingresso fica tentando comprar convites dos cambistas para poder passar pelo portão. Eu comprei o primeiro lote de ingressos em um posto de venda e paguei R$ 30. Mas teve quem pagou R$ 90 no último lote de ingressos para o camarote. Com os cambitas, o preço deveria estar acima disso.

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Chagando na porta do velódromo [onde ocorreu a festa], havia duas filas enormes, uma para quem tinha comprado ingressos pela internet e outra para quem tinha comprado as entradas direto nos pontos de venda. Havia muitos seguranças fazendo revistas em quem entrava. Seguranças femininas faziam revistas nas mulheres, e as masculinas, nos homens.

Na entrada, ganhávamos uma caneca para colocar as bebidas consumidas na festa, que era ‘open bar’. Havia bebidas diferentes na pista e no camarote. Na pista, tinha cerveja; um drink chamado amnésia, de vodka, soda e suco; vodka com energético e água. No camarote, além das bebidas oferecidas na pista, havia também cachaça; tequila e caipirinha.

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As filas para pegar as bebidas estavam tranquilas até começar o primeiro show, quando ficou mais difícil de conseguir algo para beber. Apesar de estar chovendo, a festa estava muito cheia mesmo. Inclusive, acredito que foram mais pessoas de fora da USP [como é o caso de Victor Hugo, ex-estudante de design no Senac], porque iriam ter shows de artistas famosos, do Marcelo D2 e do CPM 22.

Os shows começaram depois da meia noite. A primeira apresentação foi do CPM 22. Eu assisti e fui embora logo depois. Acredito que o show do D2 tenha começado umas 3h, então possivelmente o desaparecimento do garoto aconteceu no fim da festa mesmo.

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Teve um momento no show do CPM 22 que me chamou atenção: quando começou a apresentação; virou uma guerra de bebidas sendo jogadas para o alto. Mesmo com essa situação, não vi brigas e vi muitos seguranças passando".

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