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Brasileiros buscam experiência internacional em cursos de mestrado na Suécia

Estudantes do País correspondem a 1% dos alunos da Universidade de Lund

Educação|Marta Santos*, do R7

Juliana Bispo de Filippis e Rafael Motta, brasileiros que escolheram estudar em universidades da Suécia
Juliana Bispo de Filippis e Rafael Motta, brasileiros que escolheram estudar em universidades da Suécia Juliana Bispo de Filippis e Rafael Motta, brasileiros que escolheram estudar em universidades da Suécia

Fundada em 1966, quando o Brasil ainda era uma colônia recém-descoberta, a Universidade de Lund, na Suécia, é uma instituição de ensino muito procurada por estudantes estrangeiros.

Programas concorridos, como, por exemplo, o metrado em gestão da faculdade de economia, que atraiu mais de 6.000 candidatos para 50 vagas, estão na mira dos brasileiros que querem se especializar.

Entre eles Rafael Motta, de 33 anos, formado em análise de sistemas, que passou alguns anos trabalhando com negócios, planejamento e economia. Em 2013, ele resolveu buscar uma experiência internacional e optou por estudar na terra dos vikings.

— Um ano atrás eu comecei a pensar em sair do Brasil, então passei a guardar dinheiro e pesquisar os melhores lugares para estudar. Foi aí que apareceu a Universidade de Lund.

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Motta está morando na Suécia desde agosto, e tem uma bolsa parcial para fazer o curso. O estudante contou que o processo para conseguir uma vaga e o desconto é bem explicado no site da Lund. Todos os candidatos devem apresentar documentos da sua graduação, de outros cursos e um teste de proficiência em inglês, além de preencher outras exigências que variam de acordo com o curso.

— Eu demorei meses para juntar todos os documentos necessários, mas depois só tive que enviar para a universidade e eles analisaram tudo. Cerca de três meses antes de começar as aulas, normalmente, já se sabe o resultado.

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Juliana Bispo de Filippis, de 26 anos, formada em designer pela PUC-RJ, conta que decidiu ir para Suécia após descobrir uma parceria entre a PUC-RJ e a Lund. A brasileira está fazendo mestrado na área de desenho industrial, curso que tem apenas 30 vagas disponíveis por ano.

— Comecei a pesquisar sobre as faculdades e a Suécia e me interessei. Então eu quis me aplicar para várias universidades, mas a Lund era a que eu mais queria.

Diferente da experiência de Motta, a ida Juliana foi um pouco conturbada.

— Fiquei numa lista de espera e achei que não iria passar porque as aulas já tinham começado [em agosto deste ano]. Já estava desistindo e partindo para outra, mas recebi uma ligação da Lund perguntando se eu ainda tinha interesse pela vaga porque alguém tinha desistido.

Com o apoio da família e graças à dupla cidadania italiana, a brasileira conseguiu fazer a viagem em apenas duas semanas, mesmo sem ter o visto para estudantes, necessário para os brasileiros. Também devido ao passaporte italiano, Juliana não paga pelo curso, o curso, já que todas as universidades suecas são gratuitas para os membros da União Europeia.

Recepção calorosa

Tanto Motta quanto Juliana disseram que se sentiram muito bem acolhidos na universidade e na Suécia desde o primeiro dia. Isso se deve, em parte, ao fato de que a própria Lund considera os estudantes brasileiros um público alvo fora da Europa.

A instituição de ensino tem 47 mil estudantes, sendo que cerca de 1% deles são brasileiros. Ela abriga 6.000 estrangeiros, de 120 países, e tem parcerias com diversas faculdades espalhadas pelo mundo.

A maior parte dos brasileiros estão na Suécia pelo programa Ciências Sem Fronteiras, mas também há, além de Motta e Juliana, outros mestrandos que estudam sem o auxílio do governo.

Em entrevista ao R7, a gerente de marketing internacional da universidade de Lund, Megan Grindlay, disse que no começo os gestores estavam um pouco preocupados com o desempenho dos brasileiros, mas, segundo ela “eles têm se adaptado perfeitamente bem, trabalham duro e são muito esforçados.”

Megan afirmou que as experiências com alunos do Brasil têm sido muito positivas e têm encorajado a universidade a tentar atrair parcerias com outras instituições do País.

— Nós adoramos os brasileiros porque eles são muito calorosos e fazem o ambiente em sala de aula ficar mais alegre.

* A jornalista viajou para a Suécia a convite do governo local

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