Para não errar na redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou mesmo nos concursos, o R7 mostra quais são os sete erros de português mais comuns e dá dicas para arrasar nos exames. As explicações foram elaboradas pelo professor Reginaldo Monteiro, do itinerário formativo de comunicação oral e escrita, das Escolas Luminova
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1 — Concordância verbal: é a relação estabelecida de forma harmônica entre sujeito e verbo — quando o sujeito está no singular, o verbo também deve estar; quando o sujeito estiver no plural, o verbo também estará. Portanto, é correto afirmar ou escrever “ela trabalha”. Ao contrário, torna-se um erro afirmar “Ela trabalham” ou “Elas trabalha”. Dica: para evitar erros de concordância, fique de olho no sujeito. Encontrar o sujeito na frase ajuda a escrever de modo correto, inclusive possibilita escrever na ordem direta: sujeito + verbo + objeto
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2 — Concordância nominal: é o ajuste que fazemos nos termos da oração para que concordem em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) com nome referente. Quais são esses termos? (o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome). Exemplo: O garoto esforçado é sempre recompensado. Observe que os termos (artigo e adjetivo) concordam com o núcleo da frase, que é o substantivo “garoto”
ISAAC FONTANA/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO - 07.02.22
3 — Crase: é a fusão da preposição a (exigida por um termo regente) com o artigo a ou as (que antecede o termo regido). Na escrita, a ocorrência de crase é representada pelo acento grave. Veja algumas dicas que poderão auxiliá-lo:
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I — Substitua o que vem depois do artigo a por um termo masculino. Se você precisar do ao, a frase tem crase. Exemplo: Vou à festa (Vou ao evento). II — Lembre-se destas rimas: Vou a, volto da. Crase há! Vou a, volto de. Crase pra quê? Exemplo 1: Vou à Itália (Volto da Itália). Exemplo 2: Vou a Portugal (Volto de Portugal).
Tânia Rêgo/Agência Brasil
III — Na indicação de horário, há crase. Na contagem de horas, não! Exemplo 1: Chego às 5h. Exemplo 2: As três horas do filme passaram a voar.
IV — Use a crase à frente de expressões femininas: Exemplo 1: Vire à direita. Exemplo 2: Falou tudo às claras.
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4 — Há: deve ser usado quando indica passado e tempo decorrido e pode ser substituído por “faz”. Exemplo: Há cinco anos que eu não o vejo (tempo decorrido). Quando a ideia for de tempo futuro, a preposição a deverá ser empregada. Exemplo: Daqui a um mês, será o Carnaval (perceba o distanciamento no tempo). Quando a ideia for de “distância”, a preposição a também deverá ser usada. Exemplo: Estou a quatro quilômetros do trabalho (perceba o distanciamento no espaço)
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5 — O uso dos porquês: observe a seguir quando os utilizar: “Por que”: em frases interrogativas (diretas ou indiretas). Exemplo 1: Por que ela não veio? Exemplo 2: Pessoal, eu não sei por que ela não veio.
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Em substituição às expressões “pelo qual” ou “pela qual”. Exemplo: As ruas por que passamos eram sujas. (As ruas pelas quais passamos eram sujas).
“Porque”: em frases afirmativas e respostas (gramaticalmente é uma conjunção). Exemplo: Não fui à aula porque choveu.
Rovena Rosa/Agência Brasil - 14.09.2021
"Por quê”: sempre é utilizado no final de frases. Exemplo 1: Eles estão indignados por quê? Exemplo 2: Ele não compareceu não sei por quê.
“Porquê”: quando a sentença for substantivada e sinônima de “motivo” ou “razão”. Exemplo: Não sei o porquê de tanta empolgação.
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6 — “Fazem dez anos” ou “faz dez anos”? Quando o verbo “fazer” indica tempo decorrido, ele é impessoal, ou seja, sem sujeito. Por isso, só deve usado no singular. Exemplo: Faz dez anos que não vejo meu tio
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7 — A nível de: o uso de “a nível de” está correto quando a preposição a está aliada ao artigo o e significa “à mesma altura”. Exemplo: Hoje, o Rio de Janeiro acordou ao nível do mar