Em entrevista Balanço Geral, Jofran Frejat responde a perguntas de telespectadores
O candidato ao Governo do DF prometeu criar locais para readaptar jovens viciados em drogas
Distrito Federal|Myrcia Hessen, do R7

O candidato Jofran Frejat (PR) foi entrevistado na tarde desta segunda-feira (13) no programa Balanço Geral, da TV Record Brasília. Na primeira pergunta, feita pelo eleitor João Paulo, o candidato explicou seus planos para combater o crack no Distrito Federal, caso seja eleito. Frejat prometeu criar locais próprios para tratar os jovens que entraram no mundo das drogas e combater os traficantes.
— A situação do crack é curiosa. Depois que desmotivaram a policia, aumentou enormemente [o uso de crack]. Você vai no centro e encontra garotos usando crack. Não há locais de tratamento para tirar essas pessoas do uso da droga. Uma coisa é prender o traficante, outra é retirar os jovens desse mundo. Se não se colocar locais para receber essas pessoas e tirar das drogas, ainda vamos ver isso por muito tempo.
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A segunda pergunta feita ao Frejat foi sobre mutirões da saúde que pararam de acontecer no Distrito Federal. Segundo a telespectadora Eliete, seu filho precisa de uma cirurgia de adenoide com urgência, mas não consegue nos hospitais públicos da cidade. Se eleito, o candidato promete manter os mutirões, mas só até conseguir organizar as filas nos hospitais. Isso porque, para ele, se faz mutirão quando a saúde pública “está desorganizada”.
— Quando você faz mutirão? Quando a coisa está desorganizada. Deixaram desorganizar. Os mutirões vão continuar até você esgotar a fila, até a rede ficar organizada para atender as pessoas. Brasília já foi excelência na área de saúde, eu recuperei a saúde três vezes. Temos que reorganizar para Brasília voltar a ser a capital da boa saúde. Nunca mais se construiu hospital desde que sai, só o de Santa Maria, que eu deixei a planta pronta e foi feito no governo Arruda. O programa saúde da família, que criamos em 1980, praticamente foi abandonado. Vamos estabelecer prioridade.
Máquina pública
O candidato Jofran Frejat também afirmou que vai diminuir a máquina pública para que haja mais investimento. Segundo ele, o Distrito Federal tem um orçamento de R$ 33 bilhões, contudo, apenas 1% desse valor está aplicado em investimentos, todo o resto é utilizado para manter a máquina pública.
— As administrações estão cheias de gente. Nós vamos reduzir essas secretarias e as pessoas que foram colocadas por interesse terão que sair, elas terão que fazer concurso como todo mundo. Vamos reduzir para aplicar R$ 1 bilhão no primeiro ano, R$ 2 bilhões no segundo e assim começar a gerar receita para o DF.
Transporte
O motorista de ônibus, Antônio dos Santos, perguntou ao candidato o que ele pretende fazer com as linhas do Gama, que atualmente não rodam em outros locais da cidade, apenas no centro. Em resposta, Frejat afirmou que a situação se estende para outras localidades do DF e que não continuará. Caso seja eleito, ele promete realizar uma nova licitação para aumentar o número de ônibus na cidade.
— Quando fizeram essa concorrência, reduziram os ônibus para a população. Basta ir na rodoviária, são filas e mais filas de gente viajando como se fosse sardinha em lata. Temos que reestabelecer essas linhas, vamos fazer uma nova concorrência, chamar as empresas e dizer qual nosso interesse. Se você pegar o veículo sobre rodas para o Gama, vai ver que não tem outra condução para percorrer a cidade. Em Taguatinga a mesma coisa e a população acaba sendo prejudicada com redução dos ônibus e o aumento de usuários.
Codab
O pintor Jackson de oliveira, pintor, questionou o candidato sobre as casas que ainda precisam ser entregues pelo programa de habitação da Codab. Jofran Frejat garantiu, ao vivo no programa Balanço Geral, que vai manter a fila já formada e entregará todas as casas prometidas durante o governo de Agnelo Queiroz (PT)
— Emitiram 100 mil autorizações para entregar casas e só deram 10 mil. Brincaram com o sonho das pessoas, que acabam tendo que invadir outros locais. Vamos acabar com essa fila infeliz, vamos entregar 120 mil moradias. Será o mesmo cadastro, tudo aquilo que for bom, a gente dá continuidade, tudo que for ruim a gente elimina. Agora, foi feito um cadastro dentro dos critérios, então vamos manter.
