PRE vai investigar compra de votos para Pezão em ação de vereador no Dia das Crianças
Candidato pode perder registro de candidatura ou diploma, caso seja eleito
Rio de Janeiro|Do R7

PRE-RJ (Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) vai instaurar inquérito para apurar denúncia de pedidos de votos para o candidato ao governo do Estado Luiz Fernando Pezão (PMDB), durante uma ação de Dia das Crianças promovida pelo vereador Thiago da Marmoraria (PMDB) em São Gonçalo, no último domingo (12). A denúncia foi publicada pelo jornal O Globo na segunda-feira (13), que afirmou que, durante a distribuição de brinquedos em uma praça do município da região metropolitana, o locutor do carro fazia campanha e pedia votos para Pezão.
Segundo a página do vereador em uma rede social, foram distribuídas cerca de 25 mil bolas pelo município. Os cabos eleitorais estavam em um caminhão com uma faixa que estampava o nome do vereador. De acordo com moradores, eles também carregavam material de campanha do candidato ao governo.
O Código Eleitoral define como crime "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita". A pena prevista no artigo 299 é de até quatro anos de prisão.
De acordo com a promotoria, caso haja provas de que Pezão sabia da ação ilegal, ele poderá responder a um processo por crime de captação ilícita de sufrágio, com risco de perder o registro de candidatura ou o diploma, caso seja eleito. O mesmo poderá acontecer ao vereador Thiago da Marmoraria.
À Rede Record, o vereador disse que a distribuição de brinquedos não tem relação com a campanha do candidato.
— Isso é uma prática que eu adoto há mais de dez anos. Meu pai era vereador na cidade e fazia esse tipo de retribuição no Dia das Crianças, distribuindo alguns brinquedos.
Em nota publicada no jornal, a assessoria do candidato Luiz Fernando Pezão informou que “independentemente da ausência do vereador na agenda, cabe ainda destacar que o uso do nome do candidato não é de forma alguma autorizado para qualquer benesse como a mencionada”.
Veja a reportagem:
