Alvo de rivais, Alckmin rebate Padilha sobre hospitais e chama Skaf de ‘candidato das taxas’
Tucano reclama de “ataques paralelos”, mas afirma que o eleitor "percebe isso nitidamente"
São Paulo|Ana Ignacio, Érica Saboya e Fernando Mellis, do R7

O candidato à reeleição e líder das pesquisas de intenção de voto em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tornou-se alvo dos seus dois principais adversários — Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT) — em debate promovido pela TV Record, com transmissão do R7, na noite da última sexta-feira (26).
No primeiro embate direto entre Alckmin e Skaf, o peemedebista cobrou explicações sobre o uso de atores na propaganda política do tucano que espalham mentiras — crítica feita também posteriormente pelo petista Alexandre Padilha — em que reclamou das acusações contra ele.
A peça tucana critica a cobrança de taxas de alunos do Sesi (Serviço Social da Indústria) quando Skaf era presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Alckmin rebateu o rival, disse que o Estado é o único da federação que investe 30% em educação e chamou Skaf de “candidato da taxa”.
— É o candidato da taxa. Enquanto a inflação subiu 6%, a taxa do Sesi subiu 12%.
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Skaf, que não foi escolhido por Alckmin para responder a nenhuma das perguntas, criticou a postura do rival ao dizer que não teve oportunidade para se defender das críticas que recebeu durante o debate.
— Ele [...] se defendeu onde deu para se defender. Onde é indefensável, ele não consegue se defender. Ele não vai falar que pôs bloqueador onde ele não pôs. Ele fala de AMEs, que fez 16, mas o Serra fez 36, ele segurou. Como ele não tem como se defender, ele falou que a regra do debate [não permitiu a defesa].
Padilha também reclamou dos ataques de Alckmin em sua propaganda eleitoral: “Fui vítima de ataques que não são verdadeiros”. Depois, acusou o atual governador de fechar hospitais e disparou contra a “espécie de ambulatório para tratamento do câncer” que foi inaugurado por Alckmin que “não tem sequer tratamento de radioterapia”.
O tucano rebateu a acusação e afirmou que São Paulo é responsável pela gestão de quase cem hospitais no Estado.
— Sobre saúde, [em] Osasco, temos um hospital regional e estamos fazendo o segundo. Temos 91 hospitais no Estado de São Paulo e o governo federal tem um hospital no Estado de São Paulo. Não fechou o pronto-socorro essa semana porque o Estado salvou.
Após o debate, Padilha avaliou que teve "a oportunidade de apresentar as nossas propostas contra as inverdades que o governador vinha apresentando em sua propaganda eleitoral".
— Pela primeira vez, ele [Alckmin] veio nos enfrentar cara a cara e teve a mesma postura de sempre. Eu deixei muito claro os hospitais que ele fechou e ele não soube responder. Não sei se ele vai trazer no próximo debate os atores e locutores para falar em nome dele.
“Ataques paralelos”
Geraldo Alckmin (PSDB) não perguntou para os principais adversários Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT). Questionado, ele disse que “todos são iguais”. O tucano ainda considerou que foi alvo de “ataques paralelos”, mas avaliou o debate como positivo.
— A regra do debate ela não permite você responder ao ataque. Então, um pergunta para o outro, ataca indiretamente, você não tem como se defender. Mas o eleitor, o telespectador, o internauta percebe isso nitidamente.
Assista ao debate da TV Record, transmitido pelo R7, na íntegra:
Candidatos ao governo de São Paulo avaliam debate da TV Record, transmitido pelo R7. Assista: