Alvo de Skaf e Padilha, Alckmin diz que colocou policiais nas ruas e mantém quase cem hospitais

O governador do Estado de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), foi alvo de ataques dos dois principais rivais nas urnas — Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT) — com críticas relacionadas às áreas de segurança pública e saúde. As declarações foram feitas durante debate da TV Record, com transmissão do R7, nesta sexta-feira (26).

O tucano afirmou a Skaf que trabalha para a implantação de bloqueadores de celular em penitenciárias do Estado e colocou 24 mil policiais a mais nas ruas. O governador explicou que tirou “os presos de cadeias, criamos centro de detenção provisória, implantamos as penitenciárias de segurança máxima, prendemos 168 mil presos”.

— Já temos em São Paulo perto de 20 penitenciárias com bloqueadores de celular já funcionando. [...] Das 50 cidades mais violentas do mundo, 16 infelizmente estão no Brasil, nenhuma no Estado de são Paulo. [...] Estabelecemos o bônus para o policial através de metas que ele passa a atingir, criamos a atividade delegada, temos 24 mil policiais a mais nas ruas de São Paulo.

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Skaf, porém, discordou do candidato tucano — líder nas pesquisas de intenção de voto com cerca de metade da preferência — e explicou que não são policiais a mais nas ruas, mas sim uma substituição.

— O governador fala que teve 24 mil policiais a mais, na verdade, não tem não. Não houve aumento de policiais, foi reposição de policiais.

Saúde

Alckmin também teve que dar explicações relacionadas à segurança pública e construção de hospitais após constatação de Alexandre Padilha (PT). Segundo o ex-ministro da Saúde, “o senhor e a senhora sabem que São Paulo não têm os índices de segurança pública da propaganda do atual candidato”.

O petista também criticou a “espécie de ambulatório para tratamento do câncer” que foi inaugurado por Alckmin que, segundo Padilha, “não tem sequer tratamento de radioterapia”. Alckmin rebateu a acusação e afirmou que São Paulo é responsável pela gestão de quase cem hospitais no Estado.

— Sobre saúde, [em] Osasco, temos um hospital regional e estamos fazendo o segundo. Temos 91 hospitais no Estado de São Paulo e o governo federal tem um hospital no Estado de São Paulo. Não fechou o pronto-socorro essa semana porque o Estado salvou.

Surpresa

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato Padilha voltou a afirmar que estará no segundo turno das eleições estaduais.

— Tenho certeza de que mais uma vez vamos provocar uma surpresa nas pesquisas que existem por aí. Tenho certeza de que estaremos no segundo turno [...] para que a gente possa ter mais tempo para debates como esse porque o atual candidato Alckmin tem fugido do debate.