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Cultivo de metais cria peças 3D ultrarresistentes e inovadoras

Método bioinspirado cria metais e cerâmicas 3D de alta resistência

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Metais 3D “cultivados” chegam a resistência inédita e formatos complexos (Imagem: Gerada por IA/ Canva Pro) Fala Ciência

A impressão 3D de metais já vinha transformando setores como aeroespacial e biomédico, mas uma abordagem totalmente nova promete elevar a resistência e a complexidade das peças a outro nível. Pesquisadores da EPFL (Escola Politécnica Federal de Lausanne) desenvolveram um método inspirado em processos biológicos que faz o metal literalmente crescer, criando objetos tridimensionais ultrarresistentes.

Diferente das técnicas tradicionais, em que os materiais metálicos precisam ser preparados antes da impressão, essa inovação utiliza hidrogéis à base de água como matriz inicial. A partir daí, os sais metálicos são incorporados gradualmente, formando nanopartículas que permeiam toda a estrutura. Esse processo pode ser repetido várias vezes, permitindo criar compósitos densos e altamente resistentes.


Como funciona a técnica de crescimento metálico

Nova técnica transforma hidrogéis em metais ultrarresistentes e leves (Imagem: Gerada por IA/ Canva Pro) Fala Ciência

O método pode ser resumido em etapas simples:


  • Criação de uma estrutura 3D com hidrogel, usando fotopolimerização;
  • Infusão do hidrogel com sais metálicos;
  • Conversão química dos sais em nanopartículas metálicas;
  • Repetição do ciclo para aumentar densidade e resistência;
  • Aquecimento final para eliminar o hidrogel, deixando apenas o metal ou cerâmica.

Com este processo, um único molde de hidrogel pode gerar diferentes tipos de metais ou cerâmicas, dependendo do sal utilizado, ampliando a flexibilidade da fabricação aditiva.


Arquiteturas tridimensionais ultrarresistentes

A equipe demonstrou a técnica criando estruturas complexas chamadas giroides, intrincadas treliças que combinam leveza e força. Testes de pressão indicaram que os materiais suportam até 20 vezes mais pressão do que peças produzidas por métodos convencionais, mantendo deformação mínima.


Esse avanço é especialmente promissor para:

  • Dispositivos biomédicos, que exigem formatos complexos e resistência elevada;
  • Sensores e catalisadores, aumentando eficiência de conversão de energia;
  • Metais de alta superfície, otimizando resfriamento em tecnologias de energia.

Além de fortalecer a indústria da manufatura, essa técnica inaugura um novo paradigma: a seleção de materiais ocorre após a impressão, e não antes, abrindo possibilidades inéditas para engenharia e design de materiais avançados.

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