Esclerose Múltipla: Por que jovens também estão em risco?
Entenda melhor essa condição neurológica que pode impactar adultos jovens e requer diagnóstico precoce
Fala Ciência|Do R7

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica autoimune que ainda desperta dúvidas e insegurança. No entanto, quanto mais conhecimento sobre o tema, mais cedo os sintomas podem ser reconhecidos, o que contribui diretamente para uma melhor qualidade de vida. Estima-se que cerca de 40 mil brasileiros convivam com a condição, que pode variar de quadros leves e controlados a formas mais complexas.
Embora seja um assunto que costuma gerar receio, compreender seus mecanismos ajuda a desfazer estigmas e a promover acolhimento e tratamento adequado.
Quando a doença costuma aparecer
Ao contrário do que muitos imaginam, a esclerose múltipla não é típica da terceira idade. Ela tende a surgir principalmente entre 20 e 40 anos, fase em que o organismo ainda está em pleno vigor.
Além disso, mulheres são mais afetadas do que homens, algo que pode ter relação com aspectos hormonais e imunológicos ainda em estudo.
A genética pode influenciar

A origem exata da EM ainda não é totalmente esclarecida, mas sabe-se que há um componente genético envolvido. Ter um familiar de primeiro grau com a doença aumenta a probabilidade de desenvolver a condição, embora o risco continue sendo considerado baixo na maioria dos casos.
Ou seja, a herança genética não determina o aparecimento da doença, mas pode ser um dos fatores que contribuem para sua manifestação.
Esclerose múltipla e gravidez
Outro mito comum é a ideia de que mulheres com EM não podem engravidar. A gravidez é possível, e muitas mulheres com o diagnóstico vivem gestações seguras e saudáveis. O ponto de atenção está no uso dos medicamentos, que precisam ser avaliados e ajustados, especialmente no período de amamentação. O acompanhamento conjunto entre neurologista e obstetra é essencial.
Sinais de alerta e importância do diagnóstico precoce
A doença pode causar alterações que variam de pessoa para pessoa, mas alguns sintomas merecem atenção:
Procurar atendimento ao primeiro sinal é fundamental, já que o diagnóstico precoce favorece melhores respostas ao tratamento.
Como é feito o tratamento
O manejo da esclerose múltipla envolve terapias que modulam ou reduzem a atividade do sistema imunológico, ajudando a diminuir inflamações e evitar novas crises. Existem diferentes classes de medicamentos, e a escolha depende da evolução do quadro e das características de cada paciente.
Com acompanhamento contínuo, muitas pessoas conseguem manter rotinas ativas, trabalhar, estudar e levar uma vida estável.
