Estudo identifica os mesmos transtornos psiquiátricos entre cônjuges
Pesquisa internacional identifica padrões de diagnósticos mentais em parceiros
Fala Ciência|Do R7

Uma pesquisa revelou que indivíduos com transtornos psiquiátricos têm mais probabilidade de se casar com parceiros que apresentam condições semelhantes.
O estudo, publicado na Nature Human Behaviour, analisou mais de 14,8 milhões de pessoas em Taiwan, Dinamarca e Suécia, confirmando que esse padrão não se limita a um país ou cultura específica.
Transtornos analisados e principais achados
Foram investigados nove transtornos psiquiátricos em casais:
Os dados indicaram que, sempre que um dos parceiros apresentava algum desses transtornos, o outro apresentava uma chance muito maior de desenvolver o mesmo diagnóstico ou um transtorno psiquiátrico diferente.
Vale destacar que os resultados indicam que a frequência de diagnósticos semelhantes entre parceiros cresceu ao longo das décadas, com maior destaque para os transtornos de uso de substâncias.
Diferenças culturais e tendências específicas

Embora o padrão seja consistente globalmente, surgiram algumas diferenças culturais. Por exemplo, em Taiwan, casais tinham maior probabilidade de compartilhar diagnósticos de TOC, enquanto nos países nórdicos essa associação era menos frequente.
Isso indica que fatores culturais influenciam quais transtornos são mais comumente compartilhados entre cônjuges.
Possíveis explicações para a similaridade entre parceiros
Os dados sugerem três fatores principais que podem explicar a tendência:
Impacto nas gerações futuras
A genética desempenha um papel importante na manifestação de transtornos psiquiátricos, e a escolha de parceiros com diagnósticos semelhantes aumenta o risco de transmissão para os filhos.
O estudo mostrou que crianças de pais que compartilham o mesmo transtorno têm o dobro de probabilidade de desenvolver a mesma condição em comparação com filhos que possuem apenas um progenitor afetado.
