Retorno das amostras de Marte podem revelar sinais de vida antiga no planeta vermelho
Rochas e gases de Marte serão analisados na Terra para investigar vida e clima
Fala Ciência|Do R7

Marte, hoje um planeta árido e desolado, já abrigou ambientes propícios à vida. A cratera Jezero, com seu antigo delta fluvial, possuía uma massa de água comparável ao Lago de Constança, oferecendo condições ideais para microrganismos. Desde 2018, o rover Perseverance explora essa região, coletando 33 amostras de rochas, solo e atmosfera, armazenadas com segurança para uma futura missão de retorno à Terra.
A análise dessas amostras permitirá investigar se vestígios de vida passada estão presentes, algo que medições a bordo do rover ainda não conseguem confirmar com certeza.
Destaques do estudo recente publicado na revista Astrobiology:
Preparação para análise: o papel do Centro de Recebimento de Amostras

Ao chegarem à Terra, as amostras serão recebidas em uma Instalação de Recebimento de Amostras, equipada com 18 instrumentos científicos, incluindo:
No centro, as amostras serão catalogadas e avaliadas quanto a possíveis riscos biológicos. Medições urgentes ocorrerão ali mesmo, enquanto investigações detalhadas serão realizadas posteriormente em laboratórios ao redor do mundo, garantindo precisão e segurança.
Investigando a vida e a evolução de Marte
A análise na Terra permitirá explorar questões impossíveis de responder apenas com instrumentos a bordo do Perseverance:
Além disso, métodos como radiação gama de alta energia possibilitam investigações detalhadas sobre a composição mineral e possíveis resíduos orgânicos.
Benefícios científicos e astrobiológicos

O retorno e estudo das amostras contribuirá para:
Cada amostra será cuidadosamente dividida e distribuída a laboratórios qualificados, garantindo que os pesquisadores mais experientes utilizem os materiais mais preciosos da história da exploração espacial.
Futuro das missões de retorno de amostras
Embora a data exata do transporte das amostras à Terra ainda seja incerta, o planejamento já é crucial. Além da NASA e ESA, outras agências espaciais, como a chinesa, estão programando missões semelhantes, prometendo acelerar o avanço da ciência planetária e astrobiologia no início da década de 2030.
Em suma, o estudo detalhado das amostras de Marte na Terra promete revelar não apenas sinais de vida passada, mas também fornecer insights valiosos sobre a história climática, geológica e química do planeta vermelho, abrindo um novo capítulo na exploração espacial.
