Resumindo a Notícia
- Uma ilha da Polinésia Francesa foi ocupada por ratos após ser comprada por Marlon Brando
- Os ratos-pretos devoram ovos de aves e tartarugas e se espalham rapidamente
- Um grupo propõe o uso de drones para lidar com o problema das pragas
- Os dispositivos jogarão veneno em rotas programadas para matar os animais
A ilha é o paraíso, mas está cheia de ratos invasores
Flickr/Pierre Lesage (sob Licença Creative Commons)Um arquipélago de ilhas remotas no atol de Tetiaroa enfrenta um problema sério após ser povoada por um exército insaciável de cerca de 65.000 ratos. O local na paradisíaca Polinésia Francesa foi comprado pelo finado ator Marlon Brando — você sabe, Vito Corleone, O Poderoso Chefão — em 1966, mas agora é dominada pelos roedores.
Antes de morrer em 2004, o ator construiu lá o que foi chamado por publicitários de um resort que parece o paraíso.
O que era um refúgio para o ator se tornou o Brandon Resort, que agora ocupa boa parte do conjunto de 12 ihas do atol e é um destino turístico procurado por ricaços, que acessam o local de avião.
Mas uma matéria da revista Wired revelou que os ratos são um empecilho sério, e provavelmente chegaram lá junto com o ator, que via na região um escape da agitação de Hollywood.
Um estudo do biólogo James Russel, da Universidade de Auckland, concluiu que o o rato-do-pacífico (R. exulans) chegou à ilha há cerca de 1.000 anos. Somente na década de 70 o connhecido rato-preto (R. rattus) se junto a eles.
Uma vez instalados, os roedores se comportam como parasitas destrutivos: devoram ovos de aves e répteis, e comem espécies nativas. Hoje eles formam ua população de cerca de 65.000 ratos invasores.
Para preservar o equilíbrio natural da região e tentar eliminar os ratos, um grupo chamado Island Conservation acha que tem uma solução: drones.
Os drones colocarão veneno em locais estratégicos e implementarão "a primeira operação escalável de drones para remover ratos invasores", segundo a revista.
Os drones foram usados para matar ratos em Galápagos
Divulgação/Island ConservationO modelo drone contra ratos foi usado em 2019 pela empresa na ilha de Seymour Norte, em Galápagos. Segundo relatórios, o uso dos dispositivos salvou a população de gaivota-do-rabo-de-andorinha dos ratos invasores que vivem lá.
Os drones lançaram pesticidas em rotas planejadas por especialistas e a ilha foi declarada "100% livre de ratos" posteriormente.
E é necessário matar realmente todos os ratos, uma vez que a pesquisa de James Russel apontou que uma única rata grávida é capaz de ocupar uma das ilhas em dois anos.
LEIA ABAIXO: Horror! Gangues de ratos famintos estão devorando tartarugas vivas.