Hora 7 Drones serão usados para matar 65 mil ratos em ilha de Marlon Brando

Drones serão usados para matar 65 mil ratos em ilha de Marlon Brando

Tetiaroa foi usada como refúgio pelo ator na década de 60, mas trouxe consigo os invasores ratos-pretos

  • Hora 7 | Filipe Siqueira, do R7

Resumindo a Notícia

  • Uma ilha da Polinésia Francesa foi ocupada por ratos após ser comprada por Marlon Brando
  • Os ratos-pretos devoram ovos de aves e tartarugas e se espalham rapidamente
  • Um grupo propõe o uso de drones para lidar com o problema das pragas
  • Os dispositivos jogarão veneno em rotas programadas para matar os animais
A ilha é o paraíso, mas está cheia de ratos invasores

A ilha é o paraíso, mas está cheia de ratos invasores

Flickr/Pierre Lesage (sob Licença Creative Commons)

Um arquipélago de ilhas remotas no atol de Tetiaroa enfrenta um problema sério após ser povoada por um exército insaciável de cerca de 65.000 ratos. O local na paradisíaca Polinésia Francesa foi comprado pelo finado ator Marlon Brando — você sabe, Vito Corleone, O Poderoso Chefão — em 1966, mas agora é dominada pelos roedores.

Antes de morrer em 2004, o ator construiu lá o que foi chamado por publicitários de um resort que parece o paraíso.

O que era um refúgio para o ator se tornou o Brandon Resort, que agora ocupa boa parte do conjunto de 12 ihas do atol e é um destino turístico procurado por ricaços, que acessam o local de avião.

Mas uma matéria da revista Wired revelou que os ratos são um empecilho sério, e provavelmente chegaram lá junto com o ator, que via na região um escape da agitação de Hollywood.

Um estudo do biólogo James Russel, da Universidade de Auckland, concluiu que o o rato-do-pacífico (R. exulans) chegou à ilha há cerca de 1.000 anos. Somente na década de 70 o connhecido rato-preto (R. rattus) se junto a eles.

Uma vez instalados, os roedores se comportam como parasitas destrutivos: devoram ovos de aves e répteis, e comem espécies nativas. Hoje eles formam ua população de cerca de 65.000 ratos invasores.

Para preservar o equilíbrio natural da região e tentar eliminar os ratos, um grupo chamado Island Conservation acha que tem uma solução: drones.

Os drones colocarão veneno em locais estratégicos e implementarão "a primeira operação escalável de drones para remover ratos invasores", segundo a revista.

Os drones foram usados para matar ratos em Galápagos

Os drones foram usados para matar ratos em Galápagos

Divulgação/Island Conservation

O modelo drone contra ratos foi usado em 2019 pela empresa na ilha de Seymour Norte, em Galápagos. Segundo relatórios, o uso dos dispositivos salvou a população de gaivota-do-rabo-de-andorinha dos ratos invasores que vivem lá.

Os drones lançaram pesticidas em rotas planejadas por especialistas e a ilha foi declarada "100% livre de ratos" posteriormente.

E é necessário matar realmente todos os ratos, uma vez que a pesquisa de James Russel apontou que uma única rata grávida é capaz de ocupar uma das ilhas em dois anos.

LEIA ABAIXO: Horror! Gangues de ratos famintos estão devorando tartarugas vivas.

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