Dinheiro de cliente se multiplicou ao longo de seis décadas
PixabayUma senhora ficou muito surpresa ao descobrir que o saldo de R$ 16,70 (2,50 libras), de uma conta que ela não lembrava que tinha havia 68 anos, se tornou R$ 1.670 (250 libras).
Carol Allison, hoje com 74 anos, cresceu nas Filipinas e visitava a avó na Escócia com frequência, em viagens que duravam até um ano.
Em uma dessas viagens, quando ela tinha 6 anos, a avó abriu uma conta para ela num banco local e guardou uma série de livros de pequenos depósitos que ela fazia regularmente. No total, a conta tinha apenas 2,50 libras, ou R$ 16,70 no câmbio atual.
Após a morte da avó, em 1969, ela recebeu o documento, que ficou esquecido até muito recentemente. Allison, que hoje mora em Edimburgo, capital da Escócia, o encontrou enquanto limpava a casa.
Ao levá-lo a uma agência do banco TSB, ela descobriu que os registros da conta ainda podiam ser acessados, e tinha muito mais dinheiro do que a avó havia guardado.
"Fiquei muito satisfeita e agradeci à minha avó, baixinho, quando me disseram que eu tinha 250 libras", contou Allison, em entrevista à BBC.
A recuperação do dinheiro só foi possível por causa da criação do chamado Reclaim Fund (Fundo de Recuperação), que reúne cerca de R$ 9,4 bilhões (1,4 bilhão de libras) em dinheiro deixado em contas que se tornam inativas no Reino Unido.
Mais da metade desse dinheiro foi doado para causas sociais, enquanto cerca de R$ 4 bilhões (600 milhões de libras) permanecem guardados, para garantir que clientes como Allison, que descobrem dinheiro esquecido, recebam os devidos valores.
"O dinheiro retorna para contas com 50, 60, 70 anos — desde que os registros existam. Nós cuidamos do dinheiro, doamos para caridade, mas sempre devemos ter o suficiente para atender às reivindicações", revelou Adrian Smith, executivo-chefe do fundo, à BBC.
Allison pretende verificar quanto tem em outras duas contas da década de 80, cujos registros ela também recebeu da avó.
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