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Em 2012, Henry Scragg de curiosidade deu um lance em uma caixa com 12 crânios humanos e um esqueleto de hiena no eBay. Ele ganhou e uma semana depois a encomenda chegou. Especialista em colecionar bizarrices, ele publicou os crânios no Instagram e foi inundado de mensagens de pessoas que queriam comprá-lo. Começava ali um mercado de venda de partes humanas utilizando a rede social
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Ele é fundador e dono do macabro museu Curiosities from the 5th corner (Curiosidades da 5ª esquina, em tradução livre) e hoje fatura milhares de dólares com o comércio bizarro
Reprodução/Facebook/Curiosities from the 5th corner
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Ele comenta em uma entrevista para a revista Wired que não esperava conseguir muito dinheiro com a venda inicial
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Mas vender apenas seis crânios garantiu dinheiro para comprar uma série de outras peças e ali começou um modo de vida
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Hoje, a conta @curiositiesfromthe5thcorner possui mais de 30 mil seguidores
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Segundo a Wired, a conta é responsável por uma comunidade "pequena e ativa" de venda de restos humanos
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O que pode ser apenas capitalismo puro é também um sinal de excentricidade
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Tudo porque os compradores enfeitam as partes compradas
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Ou as transformam em falsas peças tribais
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Esse tipo de comércio começou a entrar na mira das autoridades
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Em parte porque pode conter peças ilegais
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Como esqueletos tribais genuínos
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Até 2016, o comércio de ossos humanos estava restrito ao eBay
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Mas por essa época o site proibiu a venda de partes humanas, com exceção do cabelo
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Então, a maioria dos vendedores migrou para tornar o Instagram uma vitrine
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Ou criou sites próprios, com preços nada convidativos
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Damien Huffer e Shawn Graham são os principais responsáveis por pesquisas esse mercado bizarro
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Os dois arqueólogos são responsáveis pela pesquisa The Insta-Dead: The rhetoric of the human remains trade on Instagram (A Insta-Morta: A retórica do mercado de restos humanos no Instagram, em tradução livre)
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A publicação foi feita na revista acadêmica Internet Archaeology, em 2017
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Na contagem deles, reproduzida pela Wired, esse mercado movimentou US$ 5.200 em 2013 e saltou para US$ 57.000 em 2016
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"Hoje, esse valor deve ser bem maior", completa Damien Huffer, em entrevista
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Como muitos vendedores não colocam o valor exato de seus produtos, ter um valor próximo do total é muito complicado
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Como não é um produto de venda em massa, às vezes é melhor negociar em mensagens privadas
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Em pesquisas mais detalhadas, Hufner descobriu itens que valiam quase US$ 20.000
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Apesar de macabro, o mercado de vendas de ossos e restos humanos não é ilegal por si só
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Ele é apenas tão excêntrico quanto mercados ilegais, como venda de armas, antiguidades saqueadas e animais raros
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Em alguns países (como o Reino Unido) não é nem necessário provar o motivo da posse dos ossos
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Da mesma forma, postar fotos de ossos é algo legal na maioria dos países
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(Embora seja um tanto assustador)
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Nos Estados Unidos, outro grande mercado do "produto", as leis são ambíguas o bastante para nem serem cumpridas
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Apenas Louisiana, Geórgia e Tennessee possuem leis que proíbem a posse de ossos humanos
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Dessa forma, Canadá, EUA, Reino Unido e outros países da Europa formam um grande comércio internacional de venda de ossos
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Mas existe um detalhe: o Instagram proíbe “tráfico ou venda de órgãos humanos (...), incluindo ossos"
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Em outras palavras, as contas de quem fizer esse tipo de comércio pode ser deletada, e algumas delas já foram
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A Wired afirma que a comunidade em torno desse comércio é fechada e geralmente evita a definição da venda
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Ao invés disso, eles preferem ser chamados de "colecionadores de arte" ou "historiadores culturais", o que eles obviamente não são
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"Não queremos ficar conhecidos como mórbidos ou estranhos", finalizou Debbie Reynders, que administra a conta @ronkward junto com o marido. Isso explica porque muitas delas são cautelosas, principalmente com jornalistas
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