A gente não ouve muito falar do Everest. Você só sabe que ele é o monte mais alto do mundo, mas fora esse recorde, nada especial. Até dia 23, quando o cineasta e alpinista canadense Elia Saikaly publicou uma imagem chocante e bizarra que viralizou: um congestionamento no topo do Everest. Apesar de curiosa, a imagem carrega coisas mais macabras do que parece
Reprodução/The Sun
Já nas primeiras imagens divulgadas no mesmo dia é possível ver isso do lado direito: tem um corpo ali e os alpinistas precisam desviar para chegar ao topo
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Obviamente esses alpinistas não podem fazer muita coisa por um cidadão que morreu ali, mas não deixa de ser um exercício aparentemente fútil chegar ao topo de um morro junto com um mar de gente, só por chegar
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Já são 11 mortos por lá essa temporada, o que torna o quarto ano com mais mortes do Everest
Em 2015, um avalanche desencadeada por um terremoto matou 19 pessoas. Mas as mortes de 2019 são de outra natureza
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“Não posso acreditar no que vi lá em cima. Morte. Carnificina. Filas. Mortos pelo caminho e nas tendas do quarto acampamento. Pessoas que eu tentei levar de volta que acabaram morrendo", afirmou Saikaly em entrevista a rede CNN
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"Pessoas andam entre os corpos. Não aguentam e morrem", completa ele
Os motivos para tantas mortes bizarras envolve uma junção de fatores
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Primeiro que essa é a época do ano em que o tempo está melhor no Everest, então é natural que mais pessoas subam. Em 2019, a janela de subida com boas condições foi de apenas 5 dias (19, 20, 22, 23 e 24 de maio)
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Se de um lado a China dá poucas (130) permissões para subir ao Everest, o governo do Nepal não tem usura
O pior envolve a falta de ar. Acima de 8 mil metros de altitude se inicia a chamada Zona da Morte, onde a falta de ar faz o cérebro perder o contato com a realidade e o controle do corpo
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Vômitos, tonturas pesadas e espasmos musculares são frequentes, principalmente em alpinistas com menos experiência
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Nessa altitude, as temperatura chega a -37°C e a maioria dos alpinistas precisam de tanques de oxigênio, com duração limitada
Estimativas apontam que 12 horas na Zona da Morte podem ser suficientes para um alpinista pouco experiente correr sérios riscos de morrer
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O cume também não é nada grande: do tamanho de duas mesas de pingue-pongue. Não cabe mais de duas pessoas num espaço desses, e todos eles querem tirar uma selfie lá em cima
Em 2019, a espera para chegar ao cume passou das 12 horas e muita gente não aguenta. Como os efeitos da Zona da Morte nem sempre são fáceis de identificar, alguns podem nem saber que estão morrendo