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Entre os dias 23 e 25 de agosto, o Mercure Santos Hotel recebeu a Brasil FurFerst, maior convenção de furries do país. O HORA 7 fez questão de marcar presença no evento para tentar conhecer um pouco mais sobre essa galera e, quem sabe, conseguir se juntar a alguma matilha
*Estagiário do R7, com supervisão de Filipe Siqueira
Edu Garcia/R7
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Para quem está boiando, o furry fandom é uma comunidade de apreciadores das artes antropomórficas, que diz respeito a animais que possuem também características humanas
Edu Garcia/R7
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Dentro desse universo, os participantes criam personagens próprios (as fursonas) e os representam de diversas formas: desenhos, textos, músicas ou com as fursuits, as famosas fantasias peludas
Edu Garcia/R7
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"Ser furry, basicamente, é gostar de criaturas antropomórficas. É gostar de arte, de histórias, gostar de criar conteúdos. Gostar de viver tudo isso", Rodrigo Sampaio Fanchini, 28, o Lox
Edu Garcia/R7
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"Para você entrar no fandom, basta uma pesquisa no Google. Você vai achar muitas coisas, sites, grupos… Você também pode vir ao evento, começar a conhecer o pessoal"
Edu Garcia/R7
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"Eu trouxe a minha família nesta convenção, sem eles saberem de nada. Foi um momento bem engraçado. Mas, eles aceitam muito bem, gostam e acham muito bonito"
Edu Garcia/R7
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"Você não precisa de nada para começar. Nem o desenho do seu próprio personagem. Óbvio que quando você entra no fandom, você vai ganhando experiência. Eu, por exemplo, tenho fantasia há 1 ano. É bem recente. No começo achei esquisito, mas fui me aprofundando, fazendo as pessoas sorrirem. Uma sensação muito gostosa."
Edu Garcia/R7
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"Beba muita água, durma frequentemente, para ficar descansado e não passe do seu limite físico. Com moderação, como tudo na vida."
Edu Garcia/R7
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"Conheci o fandom com vídeos de dança, que foi o que me encantou: o pessoal poder vestir o personagem que criou. Aí eu me apaixonei, queria também." Raíssa Macedo (ou a tigresa/loba Azevix), 24
Edu Garcia/R7
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"Devo ter mais de 10 personagens. Entrei há cinco anos [no furry fandom]. Desenvolvi uma personagem bem depois. Mas, logo que criei, comecei a fazer a fantasia. Devo ter gastado na faixa de uns R$ 300 em materiais"
Edu Garcia/R7
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"Dentro da comunidade furry tenho muito mais amigos. Antes de entrar, tinha menos. Perdi alguns amigos que acabaram não entendendo. Tentei até explicar, mas não teve jeito. Meus pais no começo estranharam bastante."
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"O pessoal é muito receptivo. Antes tinha muito poucas fêmeas (a gente fala fêmeas). Mas começaram a aparecer. O pessoal não liga se você é macho ou fêmea. Estamos aqui para nos divertir!"
Edu Garcia/R7
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"Já faz mais de 10 anos que faço parte da comunidade. Desde de pequenininho, quando um amigo meu me chamou de furry. Porque gritei: ‘Ah, eu sou um lobinho!’", Pedro Kenzo, 16, criador das fursonas Goryn e Mata
Edu Garcia/R7
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"Me baseio em vários outros personagens e nos meus sentimentos. Se criei um personagem muito valente é porque estou com raiva"
Edu Garcia/R7
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"Eles me ajudam a me representar, a me expressar mais corretamente"
Edu Garcia/R7
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"A Aluada é uma loba cinzenta, que tem a aparência inspirada em personagens que gosto. Ela é simples e básica", Julia Braga, 23
Edu Garcia/R7
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"Sempre gostei de bichos, de brincar que era bicho com minha irmã. Sempre tivemos brinquedos em formatos de animais. O primeiro contato com a fandom foi quando adicionei uma menina que também gostava dessas coisas"
Edu Garcia/R7
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"Nunca escondi nada de ninguém. Todo mundo sabe que gosto de desenhar e gosto de animais. Ninguém estranhou"
Edu Garcia/R7
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"Na furry fandom tem muita gente disposta a explicar e a ajudar. Ninguém precisa saber desenhar, por exemplo"
Edu Garcia/R7
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"Antes de conhecer a fandom, eu era perdido, não sabia onde me encaixar. Hoje tenho muitos amigos aqui", Yuri Mesquita, 24, o canino Carabina Tiro Certo
Edu Garcia/R7
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"Minha mãe achou diferente e tenho um amigo que diz ter medo"
Edu Garcia/R7
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"Tenho três bichinhos de estimação. Nunca fiquei fantasiado perto deles, porque moram em outra casa"
Edu Garcia/R7
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"Conheci os furries em um evento de anime. Tinha uma sala do fandom com várias ilustrações coladas na parede", Alex Roda, 23, ilustrador
Edu Garcia/R7
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"Meu processo basicamente consiste em pegar referências humanas e as referências do animal que a pessoa quer na fursona"
Edu Garcia/R7
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"Tenho uma página pessoal onde um publico desenhos. Mas quando decidi focar no mercado furry, acabei criando um perfil secundário"
Edu Garcia/R7
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"Tem um peso diferente fazer ilustrações desse tipo. Às vezes é o projeto de amor de uma pessoa, como ela se vê por dentro"
Edu Garcia/R7
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"Não faço perguntas, faço ilustrações"
Edu Garcia/R7
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"Ser furry basicamente é você se divertir com um personagem fictício e interagir com outras pessoas", Ramon Espeschit, 30, o Sucrillos
Edu Garcia/R7
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"As crianças adoram as fantasias"
Edu Garcia/R7
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"O pessoal me acolheu muito bem. Parece que você já conhece a galera há muito tempo, de tão legal que é a interação"
Edu Garcia/R7
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"O pessoal deprecia por não entender o que é o fandom ou furry"
Edu Garcia/R7
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"Talvez não sejam pessoas felizes"
Edu Garcia/R7
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"Entrei em 2000. Sou um dos mais velhos no Brasil", Ivo Filgueiras, 35, o gambá Sijuelas
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"No começo, como as técnicas ainda eram rudimentares, as roupas ainda não eram tão bonitas aqui no Brasil"
Edu Garcia/R7
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"As pessoas tinham preconceito com relação à fantasia"
Edu Garcia/R7
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"Você faz amigos pelo caminho"
Edu Garcia/R7
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"Às vezes esses eventos são a única chance no ano para encontrar o pessoal"
Edu Garcia/R7
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"A gente nunca pode esquecer que o fandom furry é um hobby"
Edu Garcia/R7
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"A partir do momento em que você está se estressando, deixa de ser uma brincadeira"
Confira aqui o especial que preparamos para entender o universo furry!
Edu Garcia/R7