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Uma subcultura bizarra e assustadora ganha cada vez mais força no YouTube. Batizada de "streaming do lixo" (trash streaming, no original), a ideia é simples: espectadores pagam para youtubers fazerem as coisas mais bizarras possíveis e às vezes até cometerem crimes. Muitos deles são espancados, enterrados vivos, ficam em locais congelados, agridem outros e são humilhados
Reprodução/YouTube (via The Sun)
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Em transmissões ao vivo, o público doa dinheiro e vota em novas humilhações e atividades perigosas para o youtuber quando certas metas financeiras são atingidas
Reprodução/YouTube (via The Sun)
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O que era algo comum de internet se tornou caso de polícia, após duas pessoas morrerem recentemente nessas atividades
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Reprodução/YouTube (via The Sun)
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Uma das vítimas, Valentina Grigoryeva (28 anos), foi trancada do lado de fora de uma casa pelo namorado durante o inverno congelante, usando apenas roupa íntima. Ela morreu horas depois, em fevereiro, e descobriu-se que estava nos primeiros estágios de gravidez
Reprodução/YouTube (via The Sun)
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A polícia trabalha com a hipótese de Valentina ter sido ameaçda pelo próprio namorado, o youtuber Stanialav Reshetnikov. Segundo a investigação, ele recebeu US$ 1.000 para deixar ela do lado de fora de casa durante a noite. Mais tarde, ainda ao vivo, ele a trouxe de volta, mediu o pulso e disse que ela estava pálida. Ele não interrompeu a transmissão nem enquanto chamava uma ambulância
Reprodução/YouTube (via The Sun)
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No início de fevereiro, Yuri Dushechkin (60 anos, também russo) também morreu por consequência de transmissões do tipo. Ele bebeu 1,5 litro de vodca por dinheiro e foi encontrado morto dois dias depois, por autoridades da cidade de Smolensk
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Reprodução/Montagem R7
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Segundo o site Insider, a transmissão continuou, com 250.000 pessoas assistindo, mesmo com Yuri caído inconsciente no chão
Reprodução
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Em vídeos menos extremos, participantes comem alimentos nojentos — tripas e olhos de peixe, cérebro de vacas — ou deixam que outros quebrem pratos na cabeça deles
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Reprodução/YouTube (via The Sun)
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Para continuar funcionando, streamers do tipo utilizam todo o tipo de tática. Eles criam diversos canais e grupos do Telegram espalham links para contas novas, após as plataformas ou autoridades encerrarem alguma transmissão
Reprodução/YouTube (via The Sun)
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Após o encerramento, fãs editam clipes e publicam no YouTube ou os espalham por apps de mensagens
Reprodução/YouTube (via The Sun)
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Autoridades russas estudam formas de acabar com a prática. Até a proibição total de transmissões ao vivo é considerada uma possibilidade no país, segundo o tabloide The Sun
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Reprodução/YouTube (via The Sun)
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O sem-teto Valentin Ganichev se tornou recentemente famoso por, em troca de comida e lugar para dormir, receber diversos ovos e outros pedaços de comida no rosto. Ele chegou a ser interrogado pela polícia, mas disse que era voluntário em todos os vídeos
Reprodução/YouTube (via The Sun)
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Segundo autoridades, o desemprego causado pela pandemia foi um catalisador para tais práticas, que se tornam cada vez mais bizarras
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Há registros de outras atividades macabras, como um youtuber que bateu na própria mãe, sem qualquer aviso
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Reprodução/YouTube (via The Sun)
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Em outro vídeo, três homens invadem o apartamento de alguém, o acordam com água gelada e esperam doações em dinheiro para destruir partes do apartamento
Reprodução/YouTube (via The Sun)
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Pelos registros policiais, ao menos três "streamers do lixo" estão presos por atividades criminosas realizadas por dinheiro do público. Políticos do país trabalham com leis mais rígidas e específicas para coibir esse tipo de iniciativa na internet. As penas previstas por essas novas leis variam de 3 a 6 anos de prisão, multa e serviços comunitários
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Reprodução/YouTube (via The Sun)