Hora 7 Peixe escapa de captura 2.000 vezes em 20 anos e assusta especialistas

Peixe escapa de captura 2.000 vezes em 20 anos e assusta especialistas

A fêmea de lúcio-almiscarado é considerada a mais velha de Iowa (EUA) e foi capturada apenas uma vez no período, um recorde

  • Hora 7 | Filipe Siqueira, do R7

Resumindo a Notícia

  • Uma fêmea de peixe almiscarado escapou por 20 anos da captura de autoridades
  • Os pesquisadores realizaram 1.996 operações de captura durante o período
  • O número é recordista e impressionou os pesquisadores de Iowa, nos Estados Unidos
  • Após a captura, os biólogos fizeram registros, divulgaram o feito e a liberaram novamente
A almiscarada não parece muito feliz após a captura (e por estar fora da água, sem respirar)

A almiscarada não parece muito feliz após a captura (e por estar fora da água, sem respirar)

Reprodução/Facebook/Iowa Department of Natural Resources

Uma fêmea do peixe lúcio-almiscarado (Esox masquinongy) conseguiu escapar da captura mais de 2.000 vezes, em cerca de 20 anos. A informação foi do Departamento de Recursos Naturais de Iowa, nos Estados Unidos, que diz que o feito é singular e recordista.

As autoridades do departamento também se mostraram impressionadas pela longevidade da fêmea, provavelmente o almiscarado mais longevo do estado.

A fêmea — hoje com 1,16 m e 25 anos — foi registrada na região após ser capturada a primeira vez, há 20 anos. Desde então, os técnicos fizeram 1.996 operações de capturas de almiscarados na bacia do lago onde ela vive.

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"Um total de 1.996 conjuntos de rede foram conduzidos de 2002-2020 dentro da cadeia do lago Okoboji, e esse peixe nunca foi recapturado", revelou o departamento, em publicação feita no Facebook.

"Este ano, como parte de nossa coleção de reprodutores, nós o recapturamos pela primeira vez desde 2001", completou Jonathan Meerbeek, no site da instituição.

A capacidade de esquiva da fêmea deixou os técnicos encucados. Peixes com 15 ou menos quase sempre são capturados várias vezes, a fim de registros do departamento.

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Apesar da foto triunfante que abriu o texto, a fêmea já foi devolvida ao habitat natural e provavelmente está pronta para escapar da captura por mais alguns anos.

Os lúcios-almiscarads são considerados espécies grandes e agressivas, que vivem em água doce. Eles são relativamente raros na América do Norte e se alimentam de répteis, mamíferos e outros peixes.

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  • Ele tem muitos nomes — regaleco, peixe-remo ou rei-dos-arenques — e é muito raro ser encontrado em praias ou mesmo pescado. Tudo porque vive em águas bastante profundas, coisa de 600 a 1.000 metros de profundidade. E é conhecido como 'peixe do fim do mundo', por dizerem que ele tem a capacidade de prever grandes desastres naturais, principalmente terremotos. Recentemente, dois deles apareceram no Peru e vários deles foram vistos em águas rasas no Japão, o que segundo especialistas e boatos locais, é um mau prenúncio

    Montagem/R7

  • O peixe-remo é apelidado também de 'peixe dos tremores', por seu avistamento ter uma suposta ligação com terremotos

    peixe fim do mundo, terremoto, tsunami, Japão, Peru

  • Não é difícil entender: eles vivem em águas muito profundas e terremotos acontecem (de forma resumida) devido à movimentos de placas tectônicas e esses movimentos deslocam grandes quantidades de água no oceano, o que os leva a fugir

    Reprodução/Daily Mail

  • Por isso, ver mais de um deles em um curto período de tempo perto da superfície ou até nas praias é um sinal bem ruim

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    Reprodução/Independent.co.uk

  • Para piorar, o aspecto do peixe-remo é assustador, com seu formato alongado e mais de 10 metros

    Reprodução/Daily Mail

  • Foi considerado um monstro marinho durante muito tempo, e só em 2001 foi filmado na água pela primeira vez

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    Reprodução/Independent.co.uk

  • A história da ligação deles com terremotos começou no Japão, em 2011

    Reprodução/Independent.co.uk

  • Na época, um terremoto causou um desastre nuclear em Fukushima e um tsunami posterior matou 20 mil pessoas

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    Reprodução/Daily Mail

  • Antes do terremoto, ao menos 20 peixes-remo foram vistos encalhados em praias japonesas

    Reprodução/Catalina Conservancy

  • Antes do Japão, vários pescadores viram diversos peixes-remo perto da costa do Chile, dias antes de um terremoto de 8,8 graus atingir o país

    Reprodução/Catalina Conservancy

  • O especialista em ecologia e sismologia Kiyoshi Wadatsumi, afirmou ao Japan Times que 'peixes que vivem perto do fundo do mar são muito sensíveis aos movimentos de falhas ativas'

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    Reprodução/Catalina Conservancy

  • O site LiveScience lembra que não são apenas os peixes do fundo do mar que parecem conseguir detectar tremores de terra

    Reprodução/Catalina Conservancy

  • Por exemplo, em fevereiro de 1975, autoridades mandaram evacuar a cidade chinesa de Haicheng, na época com mais de 1 milhão de habitantes. O motivo envolvia uma migração em massa de animais do lugar, incluindo cobras que estavam hibernando e saíram do esconderijo meses antes. Um dia depois um terremoto de 7,3 graus de magnitude atingiu a cidade e milhares de vidas foram salvas, segundo estudos oficiais

    Reprodução/Independent.co.uk

  • Já no Smithsonian's National Zoological Park, em Washington, diversos animais (principalmente cobras, gorilas e flamingos) gritaram como em pedidos de socorro e se abrigaram na copa das árvores. Horas depois, um terremoto 5,8 atingiu a cidade, em 23 de agosto de 2010

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